Parques na região preservam 50.609 hectares de área verde

Morro do Diabo, Aguapeí e Rio do Peixe são áreas estaduais e unidades de conservação sob gestão do Instituto Florestal

REGIÃO - SANDRA PRATA

Data 05/06/2018
Horário 08:09

Na região, segundo dados da Fundação Florestal, as unidades de conservação são os Parques Estaduais Aguapeí (9.043,97 hectares), Morro do Diabo (33.845,33 ha) e Rio do Peixe (7.720 ha) que, juntos, somam 50.609 hectares protegidos. Fora isso, o instituto cuida de três bacias hidrográficas e unidades de gerenciamento de recursos hídricos, sendo elas: Aguapeí, Peixe e Pontal do Paranapanema. No Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado hoje, é lembrada a importância da conservação desses espaços e da educação ambiental sobre a preservação ambiental.

É esse justamente o trabalho realizado pela ONG (organização não governamental) Apoena (Associação em Defesa do Rio Paraná, Afluentes e Mata ciliar). A entidade, que existe oficialmente desde 1988 em Presidente Epitácio, realiza trabalhos de reflorestamento, que resultaram na plantação de 1,2 milhão de mudas nos últimos 20 anos na reserva do Córrego do Veado no município. Além disso, a entidade executa, desde 2000, um levantamento da fauna e flora regional. “O segmento que estamos mais avançados é o das aves. Já são 280 espécies catalogadas no oeste paulista”, relata o ambientalista Djalma Weffort, presidente da associação.

Entre os marcos regionais, a Apoena contribuiu para ajudar na criação de dois parques estaduais, o Aguapeí, na região de Dracena, e o do Peixe, em Presidente Venceslau. A ONG também participou de campanhas que incentivaram a transformação do Morro do Diabo em parque estadual. Até o momento, a unidade de conservação mais antiga da região era apenas uma reserva. Segundo o ambientalista, o principal objetivo na época era proteger uma espécie criticamente ameaçada de extinção e que hoje é considerada símbolo do Estado de São Paulo, o mico-leão-preto. “Nessa área do Morro do Diabo existiam muitos deles e hoje, com os projetos, a população está crescendo”, conta.

 

Concessão de parques

Em 2016, a Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo) aprovou uma emenda aglutinativa do PL (Projeto de Lei) 249/13, autorizando a concessão de 25 parques estaduais à iniciativa privada – entre eles, o Morro do Diabo, que fica em Teodoro Sampaio. No entanto, a SMA (Secretaria de Meio Ambiente do Estado) ainda não prevê que a medida seja aplicada no parque do oeste paulista, possuindo apenas projetos-pilotos para os localizados em Cantareira e Campos do Jordão.

A pasta reforça que não há privatização nesse processo, visto que não haverá alienação de bem algum, apenas uma concessão para exploração dos serviços ou o uso de áreas, ou parte de áreas, inerentes ao ecoturismo pelo prazo de até 30 anos. Além disso, os recursos obtidos deverão ser aplicados na gestão e conservação das unidades. Ao conceder estes serviços, o Estado deixa de lado o papel de gestor de restaurantes e equipamentos de turismo e pode se dedicar a atividades mais importantes, como o monitoramento e fiscalização, por exemplo, de acordo com a SMA.

“​Importante esclarecer que a ideia ao conceder serviços ou o uso de áreas, ou parte de áreas, inerentes ao ecoturismo é para que o público tenha aumento das opções e da qualidade destas opções de turismo em nossos parques. Outro motivo é que a iniciativa privada tem mais experiência que o Estado no oferecimento de serviços de qualidade no que tange a visitação pública”, acrescenta.

 

Conhecendo a natureza

O Parque Estadual Morro do Diabo é aberto para visitação do público que deseja ter um contato mais próximo com a natureza e o habitat do mico-leão-preto. Segundo Eriqui Marqueti Inazaki, gestor do Morro do Diabo, o parque conta com possibilidade de trilhas e uma grande relevância social, devido às espécies de animais que abriga. “Serve como refúgio dessa riqueza, que são os animais ameaçados de extinção”, conta. Além disso, o parque conta com uma hospedaria para 40 pessoas, playgroud, quiosques, campo de futebol e um museu de espécies, maquetes e sementes. “Ajuda a ter uma noção da fauna e flora regional”.

Outro destino possível para diversão é o Parque Estadual Aguapeí, que recebe visitantes de segunda a sexta-feira, das 9h às 16h. O roteiro de visitação começa com uma apresentação dos atributos naturais do parque e com uma trilha ecológica por um fragmento florestal e uma área de reflorestamento. “Também tem o deslocamento até o Rio Aguapeí para apreciação, desenvolvimento de atividades de educação ambiental”, informa o Instituto Florestal, gestor do parque.

 

MORRO DO DIABO

O parque que fica localizado na Vicinal SPV 28 Rubens Carlos Herling, km 11, bairro Córrego Seco, em Teodoro Sampaio. Está aberto para visitação, sem agendamento, de segunda-feira a domingo, das 8h às 17h. Nessas visitas é possível desfrutar de quiosques, algumas trilhas sem necessidades de guia e do museu natural, com todas as espécies catalogadas na região. Já as trilhas que precisam de um guia, como a do Morro do Diabo, precisam ser agendadas pelo telefone (18) 3282–1599 ou por e-mail: pe.mdiabo@fflorestal.sp.gov.br. Em casos de grupos escolares, a idade mínima para o passeio nessa trilha é de 12 anos. Todas as visitas são gratuitas, exceto em casos de hospedagem. Nesses casos é cobrada uma taxa de R$ 23 por pessoa a pernoite.

 

PARQUE AGUAPEÍ

As visitas ocorrem de segunda a sexta-feira, das 9h às 16h. Os interessados devem agendar sua visita pelo e-mail pe.aguapei@fflorestal.sp.gov.br ou pelo telefone (18) 3841-3419. Não há cobrança de ingressos.

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