PMs contam lembranças da tropa montada

Cabo Maiolini e tenente André: o que eles têm em comum? A paixão pelos cavalos!

REGIÃO - ROBERTO KAWASAKI

Data 18/10/2020
Horário 07:10
Roberto Kawasaki: Cabo Maiolini e tenente André falam das lembranças
Roberto Kawasaki: Cabo Maiolini e tenente André falam das lembranças

Para atuar no destacamento de Cavalaria da Polícia Militar, é preciso passar pelo curso de formação de tropa montada, no Regimento em São Paulo. Mas não basta apenas a aptidão, é preciso ter carinho e criar uma parceria com o animal – o que ocorreu logo no primeiro contato.

Recém ingressado para a reserva, o 2º tenente-PM André Alves dos Santos é exemplo de profissional na tropa do CPI-8 (Comando de Policiamento do Interior). A paixão pelo cavalo surgiu ainda na infância, “desde moleque”, como ele mesmo diz. No começo dos anos 2000, quando apareceu a oportunidade para atuar na Cavalaria, o veterano não pensou duas vezes e fez a inscrição para o curso interno.

Entre os anos de 2005 e 2009, o tenente trabalhou na tropa montada na capital paulista. No retorno para a região de Presidente Prudente, ingressou na Força Tática e voltou ao trabalho com os animais em 2011, onde permaneceu até o ano passado como comandante do Grupamento de Polícia Montada, quando se aposentou por tempo de serviço.

Foram praticamente 15 anos de atuação que rendem boas lembranças.

“Somos preparados para atuar no controle de multidões, então, foram muitos jogos de futebol em que trabalhei”, lembra. “Era toda quarta-feira, sábado e domingo. Aqui em Prudente, no começo até tinha jogos no Prudentão, mas o trabalho foi focado no patrulhamento da área central”, afirma o tenente, que confessa sentir falta de estar nas ruas com os animais. “De vez em quando eu vejo a turma passando, e vem as boas lembranças”, afirma.

Trabalhar com o que gosta

Entre a turma atual está o cabo-PM Marcelo Maiolini. Ele conta que também optou por entrar na tropa devido à intimidade em lidar com o animal. “Sempre gostei de cavalo, inclusive no sítio. Então, resolvi unir o útil ao agradável”, afirma.

Aos comandos do cavalo Golfo, com Maiolini há quase quatro anos, o cabo afirma que é interessante observar a aproximação da comunidade ao encontrar com a tropa montada.

“Elas [as pessoas] vêm de encontro com a gente quando paramos na praça”, lembra. “O que chama a atenção é realmente o animal durante o policiamento na área central. O pessoal se admira bastante, pergunta como funciona, aonde eles ficam”, conta.

A três anos para se aposentar, Maiolini se recordará com carinho sobre a importância dos animais em sua atuação profissional e pessoal na Polícia Militar.

“Trabalho com o que eu gosto, e pensar que logo vou deixar o convívio com eles, começo a ficar triste”, lamenta. “Se bem que no meu sítio também tenho cavalos, mas é diferente porque aqui criamos um vínculo, pegamos um ciúme danado [risos]”.


Roberto Kawasaki - Cabo Maiolini afirma que sempre gostou de cavalos


Roberto Kawasaki - Tenente André entrou para a reserva no ano passado


Roberto Kawasaki - Parceria com o animal começa logo no primeiro contato

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