Policiais civis fazem manifesto por contratações

Movimento ocorrerá em todo o Estado; categoria se queixa da falta de pessoal e reivindica novos concursos com urgência

PRUDENTE - VICTOR RODRIGUES

Data 19/10/2016
Horário 15:41
 

A Sipol (Sindicato dos Policiais Civis de Presidente Prudente) realiza hoje, das 12h às 13h, um manifesto denominado "Operação Nocaute", em frente ao CPJ (Central de Polícia Judiciária) de Prudente. Eles protestam por conta da a falta de contratação de policiais e de reposição salarial que, segundo o sindicato, não ocorre há dois anos.

O ato também é contrário à recente resolução da SSP (Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo) que obrigará, a partir de janeiro de 2017, o policial civil a fazer escolta de presos em audiências e permanecer até o final para demais providências. "A Policia Civil recebe o golpe, mas quem vai à lona é a segurança pública", diz o slogan da Operação Nocaute.

De acordo com Fábio Morrone, presidente da Sipol, cerca de 100 policias de Prudente e da região deverão se reunir no manifesto de hoje. "Isso é quase o total do efetivo de Prudente", comenta.

O movimento ocorrerá simultaneamente em todo o Estado. Os policiais se queixam da falta de pessoal há cerca de 10 anos e pedem com urgência a abertura de novos concursos públicos para repor o efetivo. "Faltam cerca de 13 mil no Estado e seria necessária a contratação emergencial 7 mil para minimizar o problema. Na região do Deinter 8 faltam mais de 200 pessoas. Com a nova exigência da SSP, teremos menos policiais na rua, já que ficarão no Fórum", declara Fábio.

 

SSP

A SSP esclarece que a Polícia Civil incorporou, só neste ano, 686 novos policiais, entre escrivães, investigadores e delegados. "Nos últimos três anos , foram 1.965 novos policiais contratados. Desde 2011, foram contratados 3.650 policiais civis, no Estado de São Paulo", informa a pasta por meio de nota.

Ainda de acordo com a Assessoria de Imprensa SSP, a resolução 102/2016 normatiza para todo o Estado o procedimento que já era adotado para a movimentação de pessoas detidas para participarem de audiência de custódia quando criada em 2015, conforme a resolução SSP 10 daquele ano. "A Polícia Civil é responsável por escoltar os presos que serão submetidos a audiência de custódia das delegacias até o Fórum, onde são entregues à Polícia Militar. Enquanto permanecem à disposição da Justiça, essas pessoas seguem sob escolta da PM", explica.

Caso a prisão seja mantida pelo Judiciário, ele deverá ser levado à unidade prisional por escolta dos agentes da SAP (Secretaria de Administração Penitenciária), o que já ocorre em toda a região metropolitana, incluindo a capital. Se o local não for provido deste serviço pela SAP, a Polícia Militar fará o transporte. Quando necessário, a Polícia Civil poderá auxiliar os militares.
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