A Sosp (Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos), por meio de uma empresa terceirizada, providenciou a retirada de um ponto de ônibus instalado na Rua Pedro Batista da Silva, no Jardim Brasil Novo. Conforme noticiado por
O Imparcialna semana passada, um dos pilares do dispositivo encontrava-se à frente do portão de uma residência, o que despertou a indignação da proprietária. O titular da pasta, Rodnei Rena Rodrigues, informa que a secretaria e a empresa terceirizada decidiram pela remoção a fim de evitar maiores atritos, no entanto, alega que houve um equívoco no posicionamento narrado por Maria Aparecida Souza Silva.
Dispositivo foi removido após reclamação da proprietária
Na reportagem publicada por este diário, a reclamante denunciava que a implantação do dispositivo ocorreu há dois meses, quando ela fazia a restauração do muro da casa. Maria Aparecida entrou em contato com a Semav (Secretaria Municipal de Assuntos Viários), contudo, segundo ela, nenhuma medida foi tomada pela pasta. Na publicação, a secretaria mencionada notificou que não havia irregularidade na instalação do dispositivo, visto que o espaço atrás do portão não era suficiente para comportar uma garagem. Ainda na ocasião, a proprietária lamentou o "bloqueio" da entrada de sua casa e a dificuldade para entrar com o carro, além de destacar que um cômodo de despensa seria derrubado a fim de liberar espaço para a garagem.
Conforme Rena, a empresa terceirizada responsável pela implantação do dispositivo instalou as sapatas quando o muro da residência ainda não contava com um portão, como mostra a foto enviada para a reportagem. Sendo assim, enfatiza que não havia qualquer desrespeito ao espaço. Quando os pilares e a cobertura do ônibus ainda seriam erguidos, Maria Aparecida fez um novo muro e a colocação dos portões, o que deu razão ao conflito.
Procurada, a moradora informou que os portões de sua casa estavam prontos antes mesmo da fixação das sapatas. "Eu tinha que desmanchar o muro, pois estava ‘bambo’, então aproveitei para colocar os portões. Como eu não estava em casa em nenhum dos dias em que houve a instalação do ponto, não tive a oportunidade de agir. Não importa se antes era somente muro, eu tinha o direito de ter o meu espaço respeitado", expõe.
Para Rena, todo o atrito teria sido evitado caso houvesse um maior diálogo entre a moradora e a administração pública. "Se a proprietária tivesse protocolado um ofício demonstrando o seu interesse em abrir uma garagem no local, a Prefeitura nunca teria concluído o ponto de ônibus. Antes de agir, as pastas têm o bom senso de analisar se o dispositivo vai atrapalhar ou não a área onde será inserido. O nosso propósito é trabalhar em prol da população e não comprometê-la", denota. O titular salienta ainda que a Prefeitura não precisa de autorização para implantar um ponto de ônibus – desde que em condições regulares –, pois calçada é espaço público. Apesar do conflito, Maria Aparecida está satisfeita com o resultado. "O problema foi resolvido e o ponto foi retirado. Só ficaram os buracos na minha calçada, mas já me informaram que eles vão ser tapados. Agora, eu vou aproveitar o espaço para plantar uma árvore e rebocar o muro. Quanto ao carro, ele já está ficando dentro do quintal", afirma.
Rena enfatiza que o ponto de ônibus foi deslocado para as proximidades do Clube do Banespa.