Ao contrário do que manifestam os boxistas entrevistados, que julgam o pagamento de aluguel “justo”, a população parece estar dividida, ou muitas vezes indecisa quanto às exigências que a Prefeitura de Presidente Prudente anunciou que fará na volta dos boxistas ao camelódromo, prevista entre 6 e 8 meses.
O aposentado Adauto Dutra, 64 anos, afirma que acha normal o pagamento do aluguel, já que todo comerciante precisar pagar. “Tem que ser justo, que equiparar”, ressalta. “Minha filha é manicure, trabalha em casa e precisa ser uma Microempreendedora Individual, eles também precisam”, considera.
A opinião da analista financeira júnior, Elaine Pereira, 39 anos, é contrária à de Adauto. Ela não concorda com a cobrança. “Eles já trabalham no sufoco, e ainda têm que ficar pagando esses impostos? Se nunca foi cobrado, por que agora cobrar? A impressão é que a Prefeitura não está conseguindo honrar os compromissos e está tirando do povo”, comenta. O aposentado José Carlos dos Santos também é contrário às novas exigências. “Concordo que tenham o alvará, mas não que paguem aluguel, acho que não é justo”, salienta.
POSIÇÃO DO
COMÉRCIO
O presidente do Sincomércio (Sindicato do Comércio Varejista de Presidente Prudente e Região), Vitalino Crellis, é categórico ao afirmar que essas mudanças já deviam ter sido feitas “há muito tempo”. Ele aponta que todos os boxistas, tornando-se microempresários individuais e possuindo, de forma devida, o alvará de funcionamento, terão vantagens. “Trabalhando honestamente, o consumidor terá garantias, a competição com o comércio será justa, e essa confiabilidade pode fazê-los crescer, fazer o comércio dos boxistas melhorar, expandir”, ressalta Vitalino.