Durante entrevista coletiva concedida na última sexta-feira, André Garcia, presidente do clube, explicou por que o Grêmio Prudente não disputará a Copa São Paulo de Futebol Júnior em 2025, apesar de, na visão dele, o clube ter uma equipe tecnicamente preparada para competir no principal torneio de base do futebol brasileiro, que tem início no dia 2 de janeiro.
Para o dirigente do Carcará, o caminho ideal seria que Presidente Prudente fosse uma das sedes dos 32 grupos da Copinha. “Tínhamos totais condições técnicas de participar. Nossa base possui bons valores e poderíamos montar uma equipe competitiva. Porém, o regulamento favorece clubes da Série A1 e, eventualmente, os quatro melhores da A2. Muitos times do Estado conseguem vaga por serem sede de um grupo”, afirmou Garcia.
Ele detalhou os custos envolvidos em sediar a competição: “Para sediar um grupo da Copinha é necessário custear toda a chave, ou seja, mais três equipes. Custos com hotel, alimentação e até lavanderia fica sob a responsabilidade da equipe sede ou da Prefeitura local”.
Segundo o presidente do Grêmio, devido ao cenário político instável no final do mandato do prefeito Ed Thomas, o clube optou pela cautela e não articulou uma participação no torneio. “Como a gente vinha num final de mandato do atual prefeito, onde a gente não sabia se ele iria conseguir se reeleger, não existia uma perspectiva clara disso, existia uma expectativa maior de que não [iria ser reeleito], que foi o que acabou acontecendo. Como a gente não sabia quem iria vencer [a eleição] não havia nenhuma possibilidade de fazer um compromisso com essa pessoa, com esse prefeito, e que ele pudesse honrar depois. Porque senão aí o clube que ficaria com a despesa, já que a Federação manda tanto o clube quanto a Prefeitura assinar um termo: ou um ou outro teria que pagar”, expôs.
Diante da transição administrativa e dos desafios da estreia na Série A2 em 2025, a diretoria do Carcará decidiu focar no time profissional e não em um lugar na Copinha, com a base. “A gente entendeu que isso, nesse momento de transição, não funcionaria, não daria certo, achou mais prudente esperar para 2025, porque também é um ano de estreia na nossa Série A2, um ano de bastante desafio e a gente não queria de repente se estressar com isso ou gerar um trabalho muito grande neste aspecto e deixar a categoria profissional um pouco de lado”, concluiu Garcia.