O prefeito eleito em Presidente Prudente, Nelson Roberto Bugalho (PTB), publicará um decreto de contenção de despesas, estipulando metas de redução de custos para cada uma das pastas e unidades administrativas da Prefeitura. A agenda do chefe do Executivo começa já com uma reunião às 8h30 de hoje com todos os secretários municipais para discutir e definir as medidas para contenção de despesas.
"Cada pasta terá um percentual a atingir de redução, que poderá variar", esclarece o prefeito, em razão do custo das secretarias para os cofres públicos variar bastante. O decreto será assinado após a reunião e, então, divulgado. Bugalho não adiantou quais serão as medidas adotadas para o aumento na eficiência da gestão.
Ontem foi o primeiro dia do mandato de Nelson Bugalho à frente da Prefeitura de PP
A medida no início de mandato chama a atenção, visto que, conforme as palavras do próprio ex-prefeito Milton Carlos de Mello, Tupã (PTB), em entrevista a este diário, "enquanto algumas prefeituras do mesmo porte vinham sofrendo muito por conta da crise econômica, a de Prudente se manteve sólida".
Entretanto, o atual gestor do município garantiu que é uma decisão preventiva diante dos prognósticos para a economia nacional em 2017. "Não vamos esperar a água bater no pescoço para tomar atitudes. Essa iniciativa é por precaução, até porque precisamos economizar para poder investir", declara.
Projeto de lei
Outra ação que trata impacto nos gastos da máquina pública é o projeto de lei que deverá repor a perda salarial dos 650 servidores municipais com nível universitário que amargaram o corte do adicional de 65% sobre o salário, determinado pela Justiça por considerar inconstitucional o benefício.
"Vou discutir com os vereadores eleitos e apresentar esse projeto, fruto de estudos, para tentar resolver a situação da melhor forma possível e com urgência para que eles não sejam prejudicados por mais um mês", afirma Bugalho.
O PL não é uma reposição salarial dos 65%, medida que seria inconstitucional, mas uma revisão da tabela de vencimentos do funcionalismo público. O chefe do Executivo lembra que os funcionários têm direito a alguns benefícios como a sexta-parte e o adicional por tempo de serviço (biênio), que não incidiam sobre o 65%, mas vão ser calculados com base nos novos valores propostos.
"Por isso, nós vamos encontrar uma solução que possa contemplar os funcionários sem comprometer o orçamento", ressalta Bugalho, acrescentando que alguns cargos poderão ter uma pequena perda salarial em vistas do equilíbrio fiscal.