Produtividade empresarial

OPINIÃO - Walter Roque Gonçalves

Data 02/04/2022
Horário 05:00

O que acontece com o namorado que não atende ao telefone horas depois de ter saído do trabalho? Ou ao filho que diz para mãe que volta à 1h da madrugada e às 3h ainda não deu notícias? O que se passa na mente dessa namorada angustiada e da mãe aflita? Seja o que for, soam como verdades provisórias, monstros que inundam a mente de pensamentos às fazendo sofrerem como se o que pensassem fosse de fato realidade. Esta sensação gera o desgaste emocional, físico e mental. Consome energia preciosa para manter o corpo e a mente sãos. 
A mente humana é poderosíssima e não distingue se os pensamentos são de fato realidade ou não. O cérebro humano tem o poder de projetar coisas boas ou ruins, depende daquilo que se dá foco. Este órgão permite transformar a experiência com um pequeno inseto, como uma formiga, em um monstro aterrorizante, como em um pesadelo. E, com isto, o sofrimento é real e leva as pessoas a reações desproporcionais. 
Dentro do ambiente empresarial, estes “monstros” existem aos montes e minam a energia e capacidade de gerar resultados da equipe. Uma brincadeira que alguém levou a sério e não disse nada; a fala do líder mal interpretada, o que parece ter dito fulano ou ciclano; dúvidas sobre os cálculos da hora extra e assim por diante... São problemas que começam pequenos, mas que tomam proporção na mente daqueles que os carregam e logo afetam a concentração, disposição, motivação e a capacidade de gerar resultados para a empresa.
Na grande maioria das vezes, os subordinados não se sentem à vontade em falar o que sentem e pensam à liderança. O medo é de ser repreendido ou mesmo mandado embora. Para virar esta chave na comunicação, a liderança precisa treinar a capacidade de ouvir plenamente, sem julgar no primeiro momento! No segundo momento pode-se dizer algo como “entendo o seu ponto de vista”, ou seja, não há concordância ou não com o que foi dito. Em seguida, é possível colocar o assunto na perspectiva do líder e através deste diálogo ambos saem com visão alinhada sobre o assunto. Neste processo, o monstro que aterrorizava a mente do colaborador perde o poder em prol da produtividade empresarial.


 

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