Produtores da região devem buscar alternativas para acessar novos mercados

EDITORIAL -

Data 17/02/2019
Horário 05:02

Embora os setores de comércio e serviços estejam em constante ascensão na região de Presidente Prudente, a agricultura e pecuária acompanham, desde o princípio, o desenvolvimento desta parcela do oeste paulista e, ainda hoje, podem ser consideradas um dos principais carros-chefes da economia regional. O que se percebe é que, com o passar do tempo, estes segmentos passaram por grandes processos de transformação e modernização, os quais não só permitiram que produtos e mercadorias chegassem mais rápido à casa dos consumidores, como modificaram a forma como estes mesmos itens são dispostos no mercado, facilitando a vida de quem adquire. Neste contexto, é possível observar, entretanto, que as grandes empresas são as que detêm a maior parte desses avanços, saindo na frente dos pequenos produtores, que ainda fazem um trabalho de formiguinha para aumentar a sua renda.

Isso não significa que os resultados não estão sendo colhidos. Há algum tempo, o setor agropecuário da região já se movimenta para garantir que este grupo menor acesse novos mercados que antes não alcançavam. Tal abertura vem otimizando o trabalho do homem no campo e estreitando suas relações com o consumidor, o que reflete diretamente na economia local. Se antes vendiam apenas hortaliças e legumes, agora conseguem comercializá-las picadas em bandejadas. Ao invés de chegarem in natura ao comprador, a mandioca e a batata são transformadas em alimentos pré-cozidos para consumo, a exemplo do nhoque. No lugar do leite, repassado a um preço baixo aos laticínios, é oferecido o queijo artesanal, que rentabiliza a produção leiteira no oeste paulista. Estas são apenas algumas das múltiplas possibilidades que o segmento agropecuário oportuniza em termos de mercado e que podem ser exploradas para a obtenção de uma renda contínua no decorrer de todo o ano.

Tais inovações ainda esbarram em procedimentos burocráticos, como a licença para colocar esses produtos em estabelecimentos comerciais. Contudo, uma mobilização comprometida entre gestores públicos é a chave para dissolver essas dificuldades e possibilitar a assistência técnica necessária para que esses trabalhadores consigam fornecer um produto diferenciado e com qualidade e higiene atestadas. Quando se fala em produção agropecuária, a palavra de ordem dos novos tempos é agregar valor. Todo o suporte e esforços são bem-vindos para assegurar que os pequenos produtores também tornem seus negócios atraentes aos consumidores.

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