Pesquisadores da área de Educação Física da FCT/Unesp (Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Estadual Paulista) realizam, desde setembro de 2016, junto a quatro escolas de educação integral de Presidente Prudente, um estudo que visa incentivar hábitos de vida saudáveis entre alunos dos sextos e sétimos ano do ensino fundamental da rede pública estadual. O desenvolvimento da pesquisa é dividido em quatro etapas: construção, aplicação, acompanhamento e conclusão. Na manhã de ontem, foi a vez dos estudantes da Escola Estadual Joel Antônio de Lima Genésio serem acompanhados pela equipe da universidade.
Atendimentos são prestados a alunos do ensino fundamental
Para isso, 12 alunos visitaram o local para passar por diversos atendimentos, como pesagem, medição de altura e dobras cutâneas, teste de flexibilidade, mensuração da força de preensão palmar e avaliação nutricional. Antes, os escolares já haviam vivenciado, dentro do próprio ambiente escolar, testes de corrida e salto. Já nas próximas semanas, eles carregarão ao longo de dez dias o acelerômetro, a fim de medir a quantidade de movimentos durante o dia.
De acordo com a fisioterapeuta e assistente de pesquisa, Emili Amice da Costa Barros, 21 anos, todos esses exames visam mapear o perfil fisiológico dos pré-adolescentes e, a partir disso, efetivar a intervenção nos problemas identificados, com o objetivo de estabelecer mudanças no comportamento e estimular práticas saudáveis. Uma das atividades propostas é a pausa durante as aulas teóricas para a realização de vivências de 3 a 5 minutos, servindo como ruptura para o comportamento sedentário e evitando que o jovem permaneça sentado por muito tempo.
A aluna Ana Clara Borges, 11 anos, é uma criança muito ativa e não teria ficado parada durante as avaliações (algumas requerem a imobilização para melhores resultados) se não estivesse tão interessada na iniciativa. "A gente passa a maior parte do tempo na escola e, por causa disso, ficamos muito parados, o que pode prejudicar a nossa saúde, ossos e andamento. É um jeito que encontraram de nos incentivar a praticar mais atividades, já que a nossa geração é mais preguiçosa", relata a menina. Já o estudante Kauê Leão da Silva Gonçalves, 11 anos, ficou admirado com a estrutura da universidade. Ele acredita que a ação permitiu o contato com recursos que sua escola não dispõe para a avaliação dos estudantes. "Foi muito legal e importante para a nossa saúde", enfatiza.