A região de Presidente Prudente é a principal rota utilizada por traficantes de drogas que adquirem os entorpecentes no Estado do Mato Grosso do Sul. É no percurso que ultrapassa a fronteira que são realizadas grandes apreensões. Mesmo com o reforço das fiscalizações e o flagrante certeiro, os transportadores ainda caem na lábia dos chefões a partir do momento em que colocam a dignidade em risco por coação, com mais frequência, em troca de dinheiro.
Conforme informado por autoridades de segurança pública, os valores ultrapassam a casa de R$ 1 mil e podem chegar até R$ 15 mil, o que vai depender da “oferta de trabalho” a cada contratado - geralmente, grandes cargas demandam valor maior, e isso independe da distância e do risco ao qual a pessoa se submete ao trabalho. Ontem, um barbeiro de Santa Catarina foi preso por tráfico em Santo Anastácio. Ele saiu de Florianópolis (SC) e foi a Ponta Porã (MS) buscar drogas que tinham como destino Porto Alegre (RS).
Sabe o valor da recompensa? R$ 4 mil. Na mesma madrugada, um músico do Rio de Janeiro (RJ) também foi preso pela mesma prática e promessa. Uma pessoa em sã consciência não arriscaria a própria vida para fazer o trabalho sujo, enquanto os contratantes o fazem indiretamente. Porém, para que tudo saia conforme o planejado, eles escolhem aqueles que são fáceis de serem coagidos: seja por parentesco com criminosos inadimplentes, ou simplesmente pela ganância.
Vale lembrar que dinheiro que vem fácil vai embora fácil e, que, qualquer proposta duvidosa requer atenção redobrada. Diuturnamente, a Polícia Militar Rodoviária está em busca dos flagrantes, e em um momento ou outro, a pessoa será detida. Por meio destas prisões, com base nos depoimentos e perícias em aparelhos celulares, os trabalhos conjuntos entre as polícias Civil e Federal chegarão aos demais membros da organização criminosa – ações que são de extrema importância para reduzir a distribuição de drogas.
