O prefeito eleito Ed Thomas (PSB), por não aceitar limitações de pessoal e não ser informado sobre a disponibilidade de espaço e equipamentos, rejeitou a proposta de transição formulada pelo prefeito Nelson Roberto Bugalho (PSDB) e anunciou auditoria.
O Plantão quis saber de Bugalho sobre a recusa. Ele disse que recebeu de forma negativa e achou muito estranho, por ter proposto cordialmente, já que não tem nenhuma obrigação legal.
Para o prefeito atual a transição seria oportuna, pois o prefeito eleito e sua equipe poderiam conhecer a Prefeitura de maneira mais aprofundada. Diz ainda que a preocupação com a transição não é pessoal, mas com o eleito e com a cidade.
Comparativamente, entende que deixar para ter contato com a realidade administrativa somente em 1º de janeiro é arriscar entrar no trem em movimento, que não irá parar para ninguém subir. Diz em relação ao fato de que a Prefeitura não para, nem a cidade.
Bugalho conta ao Plantão que enviou novo ofício para Ed Thomas, dizendo não haver qualquer problema que indique mais de seis pessoas para a transição. Vê as questões de espaço físico, equipamentos e servidores como uma consequência lógica.
Sobre a auditoria, comenta que pode ser feito o que o novo prefeito entender como necessário, de forma transparente, imparcial e dentro da lei. Diz que a Prefeitura já é fiscalizada pela Câmara Municipal, Ministério Público e Tribunal de Contas.
Conforme Bugalho, quem será fiscalizada partir de janeiro será a administração do Ed Thomas e desde agora é importante que conheça a realidade de crise da Prefeitura, sobre a qual tem falado há algum tempo e também durante a campanha eleitoral.
Eleito em outubro de 2016, mesmo sabendo que seria mantida parte da equipe, conta que fez várias reuniões em novembro e dezembro, na sala de reuniões da Prudenprev, o sistema previdenciário municipal.
Bugalho entende que fez uma transição muito tranquila e quem nem poderia ser diferente, mesmo se não estivesse sendo apoiado pelo gestor que estava saindo, que era o prefeito Milton Carlos de Mello, “Tupã”, quando ambos eram do PTB.
Ao dizer estar propondo transição tranquila, comenta não entender a razão da recusa, a qual classifica como de ânimo bélico e que entende como geradora de anormalidade. Afirma ver essa situação com preocupação, mas como opção de quem irá assumir.
Bugalho comenta sobre a animosidade gerada pelo presidente Donald Trump nos Estados Unidos em relação à transição para o eleito Joe Bind, como algo que “o mundo inteiro se posicionou contra, por ser um absurdo”.
Ainda conforme Bugalho, deixar de fazer a transição é algo maléfico para a cidade e não para ele na condição de atual prefeito. No seu entendimento, a recusa pela transição é uma atitude antidemocrática.
