Psicóloga alerta pais e filhos sobre uso das tecnologias

VARIEDADES - OSLAINE SILVA

Data 24/11/2016
Horário 08:03
 

Olá amiguinhos e amiguinhas, nosso encontro desta semana é para falarmos sobre uma coisa que aposto que vocês adoram: celulares e computadores, certo? Porque falaremos sobre isso, pelo fato de muitas crianças fazerem uso descontrolado desses aparelhos. E como é sempre bom ter a opinião de um especialista que entende de aconselhamento, principalmente para ajudar os pais a lidarem com certas situações, mais uma vez a psicóloga Ieda Benedetti é quem conversa com vocês, certo? Prestem bastante atenção no que ela diz.

Jornal O Imparcial Para psicóloga, não pode proibir totalmente o acesso aos aparelhos

Segundo Ieda, é fundamental entender que não se pode ser totalmente proibido o acesso a estes aparelhos, para que a criança não fique defasada de informação tecnológica necessária para o grupo qual ela vive, hoje. "A maioria hoje tem acesso e se determinada criança não tem o mesmo, ela fica de fora da dinâmica dos coleguinhas. Contudo, é fundamental entender que o tempo de utilização desses itens não pode ser extenso ao ponto de atrapalhar as outras atividades como se alimentar, brincar, estudar, dormir, etc", ressalta a psicóloga.

Talvez vocês não gostem muito da ideia, mas é bom saber que seus pais devem sim fiscalizar os aparelhos de seus filhos, aplicativos que estão utilizando, sem medo de estarem cometendo uma "invasão". "Lembrem-se que eles estarão apenas exercendo seus papeis de pais. Vocês são menores e são responsabilidades deles. Então, dentro da devida autoridade que lhes competem, eles têm todo o direito de saberem o que estão fazendo", destaca a profissional.

 

Papais

Ieda aconselha pais a evitarem deixar seus filhos usarem o celular ou computador perto do horário de dormirem. Isso porque os joguinhos excitam as crianças. O ideal é que os tenham em mãos à tarde, entre as atividades do dia a dia delas, durante a semana por uma hora e aos sábados e domingos, umas duas.

"Os pais têm uma dificuldade grande com autoridade. Uns só conseguem colocar limites à base da violência, outros simplesmente não impõem limite algum. Nestes casos, precisam trabalhar primeiro um pouco de si mesmos, ver quais são suas deficiências e buscar ajuda, para saberem colocar limites. Se a criança tem um celular é porque os pais deram. Se tem um plano de dados é porque os pais pagam, então é simples de fazer esse controle", encoraja.

Ieda pontua que na sua opinião não tem como nem deve ser proibido. Embora, mencione que existe uma corrente da moderna pedagogia italiana em especialistas, pesquisadores dizem que não se deve oferecer celular nem computador às crianças antes dos 12 anos.

"Para eles ambos são muito sedutores e roubam das crianças o interesse em outras atividades como brincadeiras criativas que são necessárias para o desenvolvimento criativo e físico delas. Entendo a motivação e preocupação deles, mas se as crianças ficam distantes destes eletrônicos, ficam igualmente distantes da linguagem delas", salienta.

 

Atentem-se


Ieda explica que os pais precisam alternar os interesses das crianças disponibilizando a elas atividades que possam competir com os eletrônicos e interessar aos pequenos. Por exemplo, o tênis de mesa ajuda muito na psicomotrocidade, na atenção, melhora a percepção, memória. O futebol tem um apelo interessante, o basquete, vôlei. Enfim, esportes são sempre excelentes opções. Além, é claro, de ser valioso recordar com seus filhos do que brincavam em suas épocas como, burquinha (bolinha de gude), bilboquê, bets, queimada, etc.

"Algumas atividades que citei são privilegiadas. Veja bem, crianças gostam de água, natação então é ótimo. As artes marciais são disciplinadoras, observe se interessam a seus filhos... E cuidado: pais que usam demasiadamente os recursos eletrônicos dão exemplo aos filhos. Primeiro de que eles podem se viciar nisso e perder muito tempo com tal. E em segundo que são menos interessantes que as novas tecnologias, o que pode deixar um mal estar nas crianças e refletir no desenvolvimento delas", aconselha a psicóloga.

 

 
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