Quarto de Badulaques (XVII)

OPINIÃO - Sandro Rogério dos Santos

Data 28/04/2019
Horário 04:21

Hoje, adentrando o ‘quarto de badulaques’, compartilho com você leitor alguns pensamentos de leituras e reflexões sobretudo no âmbito religioso e espiritual. “Cristo Vive: é Ele a nossa esperança e a mais bela juventude deste mundo! Tudo o que toca torna-se jovem, fica novo, enche-se de vida. Por isso as primeiras palavras, que quero dirigir a cada jovem e a cada cristão, são estas: Ele vive e quer-te vivo! Ele está em ti, está contigo e jamais te deixa. Por mais que te possas afastar, junto de ti está o Ressuscitado, que te chama e espera por ti para recomeçar. Quando te sentires envelhecido pela tristeza, os rancores, os medos, as dúvidas ou os fracassos, Jesus estará a teu lado para te devolver a força e a esperança”. [Papa Francisco. ‘Christus vivit’, 1-2]

“Este processo [do amor como êxtase], porém, continua sempre aberto; o amor nunca está 'terminado' nem completo: ao longo da vida, vai mudando e amadurecendo, e assim permanece fiel a si próprio”. [Bento XVI, Deus Caritas Est, 6.17]

“A Igreja recebeu o mandato do seu fundador para estar ao lado dos pobres e dos fracos, para ser a voz dos que não têm voz e, graças a Deus, é isso que ela faz, especialmente no seu pastor supremo. A segunda tarefa histórica que as religiões devem, em conjunto, assumir hoje, para além da de promover a paz, é a de não ficar em silêncio perante o espetáculo que está diante dos olhos de todos. Poucos privilegiados possuem bens que não poderiam consumir, ainda que vivessem por séculos, e massas intermináveis de pobres que não têm um pedaço de pão e um gole de água para dar a seus filhos. Nenhuma religião pode ficar indiferente, porque o Deus de todas as religiões não é indiferente a tudo isso”. [Raniero Cantalamessa, ofmcap]

“Deveria haver uma cruz nas paredes dos parlamentos e dos edifícios governamentais? Não, se a sua função for a mesma que nos estandartes do imperador Constantino ou nas bandeiras dos Cruzados. Sim, se puder recordar aos políticos que a verdade é superior ao poder”. [Tomáš Halík]

“Só quando a última árvore for derrubada, o último peixe for morto e o último rio for poluído é que o homem perceberá que não pode comer dinheiro”. [Provérbio indígena]

Neste Domingo da Divina Misericórdia, retomo Francisco, para quem a misericórdia é o “palpitar do coração de Deus”: “Na minha vida pessoal, vi muitas vezes o rosto misericordioso de Deus, a sua paciência; vi também em muitas pessoas a coragem de entrar nas chagas de Jesus, dizendo-Lhe: Senhor, aqui estou, aceita a minha pobreza, esconde nas tuas chagas o meu pecado, lava-o com o teu sangue. E sempre vi que Deus o fez: Deus acolheu, consolou, lavou e amou. Amados irmãos e irmãs, deixemo-nos envolver pela misericórdia de Deus; confiemos na sua paciência, que sempre nos dá tempo; tenhamos a coragem de voltar para sua casa, habitar nas feridas do seu amor deixando-nos amar por Ele, encontrar a sua misericórdia nos Sacramentos. Sentiremos a sua ternura, sentiremos o seu abraço, e ficaremos nós também mais capazes de misericórdia, paciência, perdão e amor”.

Por fim, “Cristo vem até nós e não esconde suas feridas, antes as mostra – querendo encorajar-nos assim a que nos dispamos das nossas armaduras, máscaras e maquiagens, e contemplemos as feridas e cicatrizes que escondemos dos outros e de nós mesmos debaixo das camadas de proteção e olhemos também para as feridas que causamos em outros”. [Tomáš Halík. Toque as feridas]

Seja bom o seu dia e abençoada a sua vida. Pax!!!

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