Que Quarentena, que nada!

O Espadachim, um cronista a favor do urso e contra o amigo urso

OPINIÃO - Sandro Villar

Data 11/06/2020
Horário 05:30

Me desculpem a franqueza, mas quarentena por aqui, na República Federativa da Confusão, parece a Constituição: é sempre estuprada pelos poderosos. Dane-se a chamada Carta Magna e também dane-se esta tal de quarentena.

A meu ver, só vamos controlar a pandemia de Covid-19 se a população se conscientizar de que é fundamental ter um mínimo de bom senso e de disciplina. Fora isso, esqueçam. Não vamos sair desta encrenca tão cedo sem bom senso e disciplina ainda que em doses homeopáticas.

Por falar nisso, a mídia também deveria ouvir médicos homeopatas, pois seria interessante saber o que eles pensam sobre o coronavírus. Médicos naturalistas (pessoal da fitoterapia) também deveriam emitir opiniões ou seus pontos de vista. Não apenas os pontos como também as vírgulas de vista.

Ou já está estabelecido que na medicina (mercantilista?) também prevalece o pensamento único? Quem dá as cartas, numa pandemia, é só a alopatia? Os laboratórios? Isto não está certo e, também neste caso, me desculpem a franqueza.

E o própolis? Ninguém fala do própolis, um remédio eficiente para doenças respiratórias produzido pelas abelhas. Além de anti-inflamatório, o própolis é um poderoso - repito: poderoso - antibiótico. Acho que precisamos falar do própolis. Notáveis os seus efeitos.

Ainda sobre bom senso e disciplina. Domingo, por volta do meio-dia, seis fregueses de um bar de Prudente conversavam animadamente numa mesa colocada na calçada. Bebiam e comiam petiscos com gosto. A conversa rolava solta.

Ótimo! Aprendi na boemia que o bar, às vezes, é a extensão do nosso lar e o bate papo com os amigos deixa a vida mais leve. Mais uma vez, ótimo! O problema, meus caros e minhas caras, é que os seis homens não usavam máscaras.

Baita perigo! O que é isso senão ausência de bom senso e de uma certa disciplina? A distância regulamentar de pelo menos um metro não foi observada e, repito, baita perigo de contaminação. Vai ver testaram antes e xô, coronavírus!

Parece que muitos ainda não se deram conta do perigo e que podem ser contaminados em aglomerações. O Sinomar tem razão ao lembrar que "a pandemia ainda não passou e precisamos continuar com as medidas preventivas".

"Parece Natal e ano-novo", comentou uma mulher, em São Paulo, ao ser entrevistada por um repórter de tevê. Ela referia-se às aglomerações de clientes em lojas. Flagrantes de festas, com convidados sem máscaras, também foram mostrados pela televisão.

Por falar em festa, um escritor americano, se não me engano o Ernest Hemingway, disse que a vida é uma festa. Ele tinha razão. A vida tem tudo para ser uma festa, mas, lamentavelmente, não é. Pelo menos não é uma festa na época atual em que a situação está mais para escorpião do que para bicho-da-seda.

Tudo passa, tudo passará, como diz a canção do Nelson Ned. Tomara que a vida volte a ser uma festa, mesmo que não seja festa de arromba. Uma festinha com um cuzcuzinho e tubaína já estaria de bom tamanho.

DROPS

Filme da Semana no Cine Brasil: A Recontagem, estrelando Pazuello e grande elenco.

Montou um lava jato e já tem clientes como a TAM, a Azul e a FAB.

Era um carteiro tão eficiente que entregava cartas até na Rua da Amargura, S/N.

Quem canta seus males encanta. É melhor ter males encantados do que espantados.

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