Região registra 50.137 descargas elétricas que caíram ao solo

Monitoramento feito pela Energisa Sul-Sudeste traz dados computados até novembro de 2020; especialista dá dicas sobre como se portar diante de uma tempestade

REGIÃO - GABRIEL BUOSI

Data 10/01/2021
Horário 06:30
Foto: Cedida
Centro de operações em que raios são controlados e analisados
Centro de operações em que raios são controlados e analisados

Em 2020, até o mês de novembro, os 24 municípios atendidos pela Energisa Sul-Sudeste no oeste paulista registraram a incidência de 50.137 descargas elétricas que caíram ao solo. Em muitos meses, como foi o caso de novembro, a quantidade de descargas nestes municípios foi superior ao mesmo período do ano passado. Em 2019, nos 12 meses, a região contabilizou 59.371 descargas.  “Os dados são obtidos a partir de um sistema, em que conseguimos monitorar diariamente a previsão de ocorrências de tempestades de grande porte, e, com isso, conseguimos antecipar esses eventos e colocar em prática nosso plano de contingência para o atendimento à população”, aponta o gerente do departamento de operação da Energisa Sul-Sudeste, Tiago Diorio Sanches.
No ano passado, a incidência pode ser considerada como grande, e os números de alguns meses ultrapassaram a marca de descargas consideradas como “nuvem-solo” que foram registradas pela companhia de energia, como é o caso de janeiro, que em 2019 teve 7.268 registros, que subiram para 11.066 neste ano. Apresentaram aumento, ainda, por exemplo: junho (aumento de 838 para 4.129 descargas); agosto (aumento de 1.116 para 6.027 descargas); e novembro (7.023 para 8.199 descargas entre as nuvens e o solo). 
As cidades que mais ganharam destaque neste sentido foram Martinópolis, com 7.042 descargas ao solo, sendo 2.199 delas somente no mês de janeiro de 2020, e o município de Presidente Epitácio, que no ano passado apresentou 10.102 descargas deste tipo, sendo 1.815 delas em março, a maior quantidade.  “O Brasil é um país de extensão grande e ocupa uma posição na zona tropical, então, é uma área bastante propícia para incidência de descargas elétricas”, aponta Tiago. 
Para estes momentos de tempestade, a empresa mobiliza equipes adicionais para as regiões que estão em alerta, e que colocam em prática o plano de contingência, para evitar a possibilidade de transtornos. 

Principais orientações

Durante as tempestades e fortes chuvas, a recomendação é para que a população busque um local fechado e não a céu aberto, como dentro das residências ou veículos, já que os raios são atraídos por pontos altos e, dependendo de onde a pessoa estiver, ela pode se tornar esse ponto alto. “Se não puder se abrigar, o ideal é que a pessoa permaneça agachada, para não ser o ponto alto mais próximo”, afirma Tiago. 
A empresa orienta ainda que, em casa, durante tempestades, o ideal é que se retire todos os equipamentos eletrônicos da tomada e que o uso deles seja evitado, como chuveiros elétricos ou celulares nas tomadas. “Caso a população se depare com algum cabo que por ventura partiu, nunca chegar perto dele. Além disso, é preciso fazer o contato imediato com a concessionária de energia”.

Foto: Roberto Mancuzo 

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