Após uma primeira semana marcada pelo retorno das atividades comerciais e dos cultos religiosos, o Estado iniciou a segunda etapa da fase de transição do Plano São Agora, que agora flexibiliza o funcionamento de restaurantes e similares, salões de beleza e barbearias, atividades culturais, parques, clubes e academias. Em vigor desde ontem, a medida determina que os estabelecimentos reabram no período diário de oito horas.
Com o objetivo de evitar aglomerações, a capacidade de ocupação permitida nesses locais é de 25%, com o cumprimento de todos os protocolos sanitários.
Embora ainda não atenda os comerciantes e empresários em todos os aspectos, a medida já traz algum alívio para estes setores, considerando que o atendimento presencial é necessário para que consigam vender seus serviços a contento e, assim, garantir o faturamento e honrar os seus compromissos.
Entre outros benefícios, o plano de reabertura também possibilita que esses estabelecimentos permaneçam ativos, tendo em vista que, em etapas menos flexíveis, negócios que dependem diretamente do atendimento ao público estão fadados a fechar as portas de forma definitiva.
Entretanto, é preciso também considerar os riscos da flexibilização, posto que a retomada do atendimento presencial implica que haverá mais pessoas circulando pelas ruas. Diante disso, é fundamental que os estabelecimentos façam o devido controle do fluxo de clientes e se atentem ao horário limite do funcionamento, como é o caso dos bares e restaurantes, onde o consumo presencial pode acabar se estendendo por mais tempo devido ao momento de descontração que as pessoas compartilham.
Esse bom senso não deve partir só dos comerciantes e empresários, mas também dos clientes, que precisam respeitar os protocolos recomendados pelos estabelecimentos. É importante que os consumidores evitem aglomerações desnecessárias nesses locais e os frequentem em casos de necessidade ou de forma consciente, pois este ainda não é o momento para retomar o curso normal da vida e qualquer imprudência pode prejudicar sobretudo os trabalhadores, que dependem da manutenção desses negócios para conseguir receber seus salários e garantir o sustento de seus lares.
O plano de flexibilização não é carta branca para a irresponsabilidade coletiva: é uma medida desesperada para salvar o que ainda resta da economia.