Retorno das aulas presenciais aulas? Só o ano que vem!

EDITORIAL -

Data 18/10/2020
Horário 04:02

O retorno das aulas presenciais nas instituições de ensino é o assunto que divide opiniões. Enquanto alguns familiares fecham os olhos para realidade vivenciada na pandemia, outros se juntam aos profissionais da educação e aguardam a volta para o ano que vem – quando se espera o início da vacinação contra a Covid-19. Mesmo que tomadas as medidas para evitar a propagação do vírus antes desse período, é importante se atentar quanto ao relaxamento dos cidadãos na maneira de evitar o contágio.

Na edição de ontem, a reportagem noticiou o decreto da Prefeitura de Presidente Prudente que suspende as aulas presenciais na rede estadual de ensino neste ano letivo, sendo prevista a retomada apenas para 2021. A medida atende a uma demanda da categoria que já havia entrado com uma ação civil pública contra a decisão anterior que autorizava o retorno gradual das atividades, assim como já ocorre desde a semana passada nas instituições particulares de ensino.

Para o governo de São Paulo, os municípios também têm autonomia para regulamentar o calendário de forma específica, desde que embasados por dados epidemiológicos de suas regiões, sendo o retorno uma medida não obrigatória. Isso porque a situação do novo coronavírus varia de acordo com cidades e regiões. Presidente Prudente, conforme acompanhado pelo boletim diário divulgado pela Prefeitura, tem crescimento constante nos casos da doença, o que acende um alerta quanto à prevenção por parte da própria comunidade.

Basta circular pelas ruas que é possível verificar um “relaxamento” quanto ao uso das máscaras, isso também dentro dos estabelecimentos comerciais. Se o próprio adulto não se cuida, quem dirá uma criança na escola? E a função de educar não cabe ao professor, mas aos responsáveis. A escola ensina, direciona, mas quem deve colocar ordem são os pais – papel que nem mesmo antes da pandemia era realizado, sendo a escola sobrecarregada nesta função. Por isso ainda é cedo para o retorno das atividades presenciais, visto que o contágio pela falta de noção pode crescer e causar ainda mais mortes.

Enquanto a população não se reeducar, o “novo normal” vai continuar por muito tempo. Conscientização é a palavra-chave desde o começo da pandemia, mas parece que a atitude não vem sendo aplicada.

 

 

 

 

 

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