Saldo de empregos formais volta a ser positivo na região

Cenário do 3º trimestre de 2018 fechou com superávit de 352 contratações; setor de agricultura e serviços tiveram melhores desempenhos

REGIÃO - THIAGO MORELLO

Data 05/12/2018
Horário 05:57
Marcio Oliveira | Setor da construção civil teve a pior variação no trimestre, com -15%
Marcio Oliveira | Setor da construção civil teve a pior variação no trimestre, com -15%

A Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados) divulgou ontem uma pesquisa que traça a evolução dos empregos formais no Estado de São Paulo e suas regiões no terceiro trimestre deste ano. Na RA (Região Administrativa) de Presidente Prudente, que é a 10ª do Estado, o período voltou a ser positivo, se comparado com 2017. No ano passado, levando em conta todo o cenário, o saldo foi de déficit, com diminuição de 564 postos de trabalho. Já neste ano, o resultado é de um superávit de 352 vagas admitidas.

Em números, a influência é reflexo de uma inversão de cenários. É que ao olhar separadamente, é possível verificar um aumento no número de admissões e uma queda na quantidade de demissões. Nos dois períodos analisados (terceiros trimestres), de 2017 para 2018, a situação foi a seguinte: contratações foram de 13.362 para 13.689 (2,4%), e desligamentos caíram de 13.926 para 13.337 (-4,2%), ainda de acordo com as informações da Fundação Seade.

A diferença ainda pode ser vista e até mesmo fomentada por determinados setores. Na pesquisa, a fundação analisa especificamente as categorias agricultura, indústria, construção civil, comércio e serviços. E no terceiro trimestre de 2017, todos tiveram uma variação negativa em relação ao ano anterior. Já em 2018, a situação positiva também chegou ao setor de serviços e agricultura, que, respectivamente, tiveram as melhores performances.

Em relação ao trabalho do campo, com superávit de 2%, o presidente do Sindicato Rural de Presidente Prudente, Carlos Roberto Biancardi, confirma a inversão, que, para ele, é sinônimo de uma recomposição. “Tivemos alguma dificuldades em 2017, situações atípicas na atividade rural. E, como previsto, elas acabaram afetando a produção agropecuária, que, infelizmente, atinge o trabalhador”, declara. Entre os pontos, ele cita a Operação Carne Fraca, da Polícia Federal, que “pegou” os frigoríficos.

Já com a melhor variação figura o setor de serviços (2,7%). A reportagem entrou em contato com representantes da categoria para verificar o que pode ter ajudado na otimização dos números, contudo, não conseguiu contato até o fechamento desta matéria.

Destaque na crise

E, na contrapartida, o setor da construção civil continuou com o pior índice. No terceiro trimestre deste ano, a variação ficou negativa e maior que 2017, quando era -10,4%, mas, agora, -15%. O Sinduscon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo) foi procurado, mas não conseguiu responder a tempo até o fechamento desta edição.

Na sequência vem a indústria, com déficit de 4,4% neste ano. O setor, de acordo com o diretor regional do Ciesp/Fiesp (Centro e Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Wadir Olivetti Júnior, ainda é um reflexo da crise que o setor tem enfrentado, tanto como os demais quanto nas dificuldades próprias da categoria.

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