Entre os dias 21 a 27 de setembro, ocorreu a Semana do Clima de Nova York (Climate Week NYC), organizada pela The Climate Group, cuja estimativa nesta semana era patrocinar cerca de 350 eventos, que foram organizados tanto na cidade de Nova York, quanto ao redor do mundo, tanto presencial como virtualmente.
A Semana do Clima deste ano teve como foco a ambição climática de zero emissões (net zero) e o desenvolvimento socialmente sustentável, pós Covid-19. Com o cancelamento e adiamento de todas as Semanas do Clima regionais oficiais patrocinados pela Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) e da COP26, em razão da pandemia, este foi considerado o maior evento de clima do ano.
O slogan “Para Nova York, para o Mundo” foi escolhido pela organização do evento com o objetivo de colocar as pessoas no centro da ação climática e da construção de um futuro melhor. A retomada da economia, de maneira mais socialmente responsável, essencialmente verde e com ambição climática positiva foram consideradas condições cruciais para a alavancagem das mudanças de que precisamos.
Somos responsáveis por reduzir à metade as emissões globais de gases de efeito estufa nos próximos dez anos
Segundo organizadores do referido evento, nós humanos “somos responsáveis por reduzir à metade as emissões globais de gases de efeito estufa nos próximos dez anos. A chamada década da implementação começará com um desafio ainda maior: os impactos causados pela mais abrangente e avassaladora pandemia de nossa geração. A crise que se segue a ela, com recessão econômica, acentua os graves problemas sociais e ambientais que já tínhamos antes”.
Para uma recuperação verde e resiliente, pontos-chave foram colocados: a) investir em empregos verdes; b) se for preciso apoiar o mercado automobilístico, que se invista em carros elétricos; c) acabar com todos os subsídios para combustíveis fósseis; d) inserir os riscos climáticos no processo de decisão de investimento e financiamento; e) a máxima “não deixar ninguém pra trás”, isto é, considerar as populações mais vulneráveis, especialmente de países em desenvolvimento; e f) todos os países devem contribuir para uma recuperação conjunta.