Seminário da FCT/Unesp discute patrimônio arquitetônico regional

PRUDENTE - Victor Rodrigues

Data 16/06/2016
Horário 10:22
 

O Departamento de Planejamento, Urbanismo e Ambiente da FCT/Unesp (Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Estadual Paulista), campus de Presidente Prudente, realizou ontem o Seminário Paisagem, Patrimônio e Projeto: Preservação e Intervenção, que discutiu a importância dos patrimônios arquitetônicos das pequenas e médias cidades da região. "Muito se trata sobre isso no contexto das cidades metropolitanas, e não há muita preocupação em uma cidade pequena. Toda cidade tem seu patrimônio histórico, sua identidade, que devem ser respeitados e valorizados", comenta o professor doutor Hélio Hirao, coordenação geral do departamento.

De acordo com o docente, o seminário tem como objetivo debater as questões relacionadas à preservação das paisagens arquitetônicas históricas no contexto da cidade contemporânea, e contribuir com subsídios científicos para o desenvolvimento do projeto de extensão da universidade, financiado pelo MEC (Ministério da Educação), denominado "O inventário como preservação do patrimônio histórico e arquitetônico do oeste paulista: O cemitério da colônia japonesa de Álvares Machado".

O professor diz ainda que o encontro, aberto a estudantes de Arquitetura e profissionais da área, criou um intercâmbio e permitiu um espaço colaborativo de debates sobre a preservação e intervenção sobre o patrimônio urbano e arquitetônico, "contribuindo para a consolidação do Laboratório NEPP ", detalha.

No evento foram desenvolvidas atividades de palestras, mesas redondas e apresentação dos resultados parciais do projeto de extensão.

"Além de discutir a importância destes espaços, o tema-base foi o cemitério de Machado, o único tombado como patrimônio pelo governo do Estado de São Paulo. A ideia é fazer um inventário e criar um banco de dados, que poderá ser acessado em um portal, ou aplicativo, com o histórico do local e informações de onde as pessoas estão sepultadas", comenta Hélio.

A aluna do curso de Arquitetura da unidade, Natália Moraes, 21 anos, considera a discussão importante para os dias atuais, e acredita que encontros como este deverão colaborar para que os imóveis de referência dos locais sejam valorizados. "O poder público e os profissionais do ramo precisam se atentar à relevância histórica do local e pensar em um modo de promovê-lo, ao invés de demoli-los ou deixá-los deteriorar com o tempo", observa.

O projeto da universidade segue em desenvolvimento.
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