Será que estamos preparados para envelhecer da melhor forma?

EDITORIAL -

Data 06/10/2019
Horário 04:19

Na terça-feira, 1º de outubro, foi comemorado o Dia Mundial do Idoso. E como noticiado por esse periódico ao longo dos dias, uma programação recheada reservou ações voltadas para o público, que vieram com a intenção não só de informar, mas principalmente: promover a alegria. E na edição de ontem, em específico, informamos sobre a atividade “Entrando na Onda”, que fechou o cronograma, levando o pessoal da terceira idade até o Parque Aquático de Presidente Prudente, num momento lúdico, de sol, de endorfina.

Mas uma questão que se levanta, nesse momento, é: será que estamos preparados para envelhecer da melhor forma possível e preparando as pessoas mais novas para que saibam lidar com o envelhecimento dos seus antecedentes?

Pois por exemplo, muito se fala da estimativa da OMS (Organização Mundial de Saúde), em relação ao número de pessoas com idade superior a 60 anos, que chegará a 2 bilhões até 2050. E quando o assunto é esse, a principal preocupação gira em torno da condição financeira, principalmente de um governo, em sustentar a aposentadoria.

Mas voltando ao lado romântico da coisa, será que estamos envelhecendo com qualidade de vida? E qualidade de vida não é só se mover, praticar esportes, que, claro, é importante. Fato! Mas qualidade de vida também é envelhecer com amor, com pessoas a sua volta. É passar os anos e sentir que você não está perdendo as pessoas, mas está ganhando ainda mais cuidado.

E esse tipo de coisa, governo, entidade, órgão nenhum poderá promover, mas sim nós. E isso ocorre quando a gente olha mais para o outro, quando cuidamos de nós mesmos para, com o passar dos anos, não perder os brilhos nos olhos, mas, exatamente, quando há o respeito em sintonia numa sociedade.

Ao longo da semana, também noticiamos um caso de sequestro, no qual uma idosa permaneceu três dias como refém dentro de um quarto de hotel. Parece filme, mas é realidade. E muitas vezes esse tipo de violência vem de pessoas da própria família, como a polícia mesmo levanta. No caso dela, foi o homem a qual ela confiou como namorado, como parceiro. Foi alguém a quem, aos 62 anos, ela escolheu dedicar o amor. Mas então, é esse tipo de amor que uma pessoa, que viveu por tanto anos, e por vezes se dedicando a outras pessoas, merece ter?

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