Desde o dia 4 de setembro, quando o DRS-11 (Departamento Regional de Saúde) evoluiu à fase amarela do Plano São Paulo, diversos setores de atividades econômicas iniciaram a busca pela recuperação dos impactos financeiros causados pela pandemia da Covid-19. A data marcou a reabertura de diversos segmentos, mas, a partir de 25 de dezembro, tudo o que não é listado como essencial volta a fechar.
Nessa fase vermelha, um dos setores afetados, o comércio, terá de fechar as portas em meio ao feriado considerado como o que mais impulsiona vendas: o Natal. Em Presidente Prudente, onde está o maior centro de compra da região, o Sincomércio (Sindicato do Comércio Varejista de Presidente Prudente e Região) entende que a ocasião é “um problema muito sério”.
O presidente da entidade, Vitalino Crellis, antes de tudo, afirmou que o decreto é estadual “e não dá para contestar”. Mas, em segundo plano, veio a preocupação, que, segundo ele, traduz em ter que fechar as portas novamente e lidar com mais pendências financeiras.
À reportagem, Vitalino argumenta ainda que a principal preocupação está com os cerca de 200 funcionários temporários que foram contratados para o final de ano. “Vamos preparar uma carta ao prefeito da cidade, para ver se algo pode ser feito, alguma redução das contribuições que a gente faz, enfim, qualquer ajuda. Vamos pedir também que pelo menos possa abrir no sábado, dia 26, que já ajuda um pouco no pós-Natal”, completa.
Embora já esperasse um recrudescimento das medidas de enfrentamento da pandemia, o prefeito Nelson Roberto Bugalho (PSDB) lamenta o fato de apenas a região de Prudente ter sido reclassificada na fase mais restritiva do plano, já que o indicador que pesou contra a região foi o de ausência de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), "cuja responsabilidade é justamente do governo estadual".
“Estamos trabalhando para que os leitos de UTI principalmente do HR [Hospital Regional Doutor Domingos Leonardo Cerávolo] e da Santa Casa de Misericórdia sejam reativados, para termos condições de sair da fase vermelha no dia 7”, pontua. Bugalho ainda ressaltou que o que é de responsabilidade do município vem sendo feito. “Já contratamos cinco leitos de enfermaria Covid para atender aos nossos pacientes em Presidente Venceslau e estamos em processo final de contratação de mais seis leitos em Teodoro Sampaio, cinco em Regente Feijó e três em Martinópolis”, conclui.
Na tarde de hoje, o Executivo também publicou o Decreto Municipal nº 31.499/2020, que dispõe sobre a adoção de medidas para o enfrentamento da pandemia, no qual replica as regras do Estado sobre a operação das atividades econômicas na fase vermelha. Já em relação ao pedido do Sincomércio, referente a abrir o comércio ao menos no sábado, dia 26, a municipalidade disse que ainda não foi procurada.