Superstições marcam virada do ano em Prudente

No Réveillon, as pessoas trazem consigo promessas de recomeços e crenças para a chegada de um ano melhor e cheio de vitórias

VARIEDADES - PÂMELA BUGATTI

Data 29/12/2018
Horário 05:48

Com a chegada do ano novo, as superstições ganham presença dentro da vida das pessoas e ainda hoje esta é uma prática recorrente. Comer lentilha, grãos de uva, colocar folha de louro na carteira, guardar as sementes de romã, pular sete ondas e usar roupas novas com cores específicas, são crendices comuns, e em Presidente Prudente não é diferente. E claro que não se pode esquecer a crença de que comer carnes de animais como frango, siri, ou caranguejo faz com que “andemos para trás”, o que faz com que não falte carne de porco na ceia de ninguém. Tudo isso com foco na esperança de uma vida melhor, carregada de desejos para o ano que se aproxima.

Exemplo disso é a professora Maria Julia Siqueira Domingues, 73 anos. Ainda que não tenha uma crença forte em relação às superstições, as pratica mesmo assim desde pequena. “Não acredito, mas não deixo de fazer. Sempre coloco meu dedo indicador na taça do champanhe e passo 12 vezes na sobrancelha, isso traz muito dinheiro sempre”. Maria também aposta na crendice da romã e da uva, guardando as sementes para obter em troca coisas boas e dinheiro no decorrer do ano.

Da mesma forma, a designer de interiores, Paula Adriana da costa Nunes Bosso, 63 anos, conta que entra ano e passa ano, e ela não abre mão dos amuletos de sorte. “O que não falta aqui é o patuá que é preparado para todos os convidados e familiares, com ervas, sal grosso para que todos guardem o ano todo e só jogue fora no próximo ano”, frisa. Durante a chegada dos convidados são distribuídos papéis e canetas para que todos escrevam seus desejos. “Depois colocamos todos juntos e queimamos. E olha que ao longo da minha vida os pedidos de toda minha família vêm se realizando por meio da fé”, opina.

A psicóloga Luciana de Paula Alves, 31 anos, esclarece que, assim como muitas outras superstições, algumas ajudam determinadas pessoas a terem uma qualidade de vida melhor, pois a crença tem um papel nas relações sociais e na comunicação. “A ideia da crença é pensar no que vamos levar do ano velho para o ano novo”, explica. A profissional faz um alerta para que as pessoas levem as crenças e simpatias para o lado positivo. “Tem aqueles que nunca passam embaixo de escadas, que pensam que gato preto dá azar ou pisam sempre em um lado da calçada. Isso pode levar a desenvolver alguns transtornos como TOC [Transtorno Obsessivo Compulsivo] para pessoas que já tenham pré-disposições.”

 

 

 

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