A tragédia em Brumadinho (MG) comoveu todo o país e o mundo. A solidariedade veio à tona e a empatia tomou conta do coração de todos, principalmente, dos brasileiros. Estudiosos analisam o fato e muitos o classificam como crime e não acidente, já que era algo que poderia ter sido evitado, se não fosse a ganância por parte da empresa responsável.
Profissionais da área apontam erros, dão soluções e falam o que era necessário ter sido feito, o que foi acobertado. Enquanto isso, muitas mortes confirmadas, tantas outras vítimas desaparecidas e famílias inteiras despedaçadas. A tristeza tomou conta do Brasil e questionamentos surgiram. É um momento de reflexão, de revolta, de entender o valor da vida para os outros.
Não tem como não se emocionar com os depoimentos dos sobreviventes, com o desespero dos familiares e amigos em busca de notícias, com o esforço dos bombeiros, com as imagens do momento do desabamento. É muita tristeza em poucos segundos.
Tudo relacionado à tragédia leva a sentimentos diversos. Pensando nisso, artistas de Presidente Prudente transformaram a arte em uma reflexão. Às margens da Praça da Juventude da Cohab, o Capitão Planeta – um herói dos anos 90 - foi reproduzido ao solo em um desenho de quase 700 m² (metros quadrados). E apesar do personagem ser fictício, a mensagem por trás dele é real: um apelo aos cuidados essenciais que todos devem ter com o meio ambiente. Quem teve a ideia e colocou as mãos na massa foram os artistas plásticos prudentinos Itamar Xavier e João Célio Silva.
Ao ver a obra, é impossível não se lembrar da tragédia em Brumadinho. Um herói com as botas sujas. Pode pensar nos próprios bombeiros que sacrificam a própria vida em prol de outras. Heróis que também choram e se comovem. Ou, na mãe natureza, triste com a exploração irresponsável dela mesma. A ideia era, mesmo que simbólico, trazer a importância de cuidarmos ainda mais do meio ambiente, para que coisas ruins como essa não aconteçam. Na pintura, o Capitão Planeta está com as botas cheias de lama, como se estivesse em resgate pelas vítimas atingidas na tragédia.
Que tudo isso vire lição e reflexão para a vida de cada um. Quanto vale a nossa vida? Então: “Por isso ame mais, abrace mais. Pois, não sabemos quanto tempo temos pra respirar”.
