Luís José Aloísio Estanislau Martin nasceu em Bordeaux (22/8/1823). Zélia Guérin nasceu na pequena aldeia de Gandelain (23/12/1831), ambos na França e de pais militares. Luís, relojoeiro em Alençon, desejava vida religiosa, mas foi rejeitado por não saber língua latina. Zélia dedicava-se aos afazeres domésticos e aos estudos; queria ser irmã de caridade, mas tornou-se a dona do “bordado de Alençon” cujos negócios prosperavam junto à sociedade parisiense.
Casaram-se (13/7/1858). De nove filhos, quatro (dois meninos e duas meninas) morreram e cinco (dentre as quais, Maria Teresa ou “Santa Teresinha”) tornaram-se freiras. A família, embora burguesa, vivia com simplicidade. Em sua casa reinava o espírito orante, a devoção à Virgem Maria, o amor aos pobres e o amor à Igreja (manifestado na obediência aos ensinamentos da Igreja, ao Papa e aos sacerdotes). Após a morte de Zélia (8/1877), Luís e as filhas se mudaram para Lisieux (14/11/1877).
“Entre as vocações para as quais os homens são chamados pela Divina Providência o matrimônio é uma das mais nobres e elevadas. Luís e Zélia compreenderam que podiam santificar-se não obstante o matrimônio, mas através do matrimônio e que a sua união deveria ser considerada como o início de uma elevação conjunta”, disse o Cardeal José Saraiva Martins durante a cerimônia de beatificação do casal, na Basílica de Lisieux (19/10/2008). Ele ainda destacou a relevância de “ver como este casal sempre se submeteu à vontade divina. Em sua casa Deus era sempre o primeiro a ser servido. Quando a provação atingia a família, a reação espontânea era sempre a aceitação da vontade divina”.
Foram canonizados pelo papa Francisco no Vaticano, durante a realização do Sínodo Ordinário dos Bispos que tratou do tema ‘família, vocação e missão’ (18/10/2015): “Os santos esposos (…) viveram o serviço cristão na família, construindo dia após dia um ambiente cheio de fé e amor; e, neste clima, germinaram as vocações das filhas, nomeadamente a de Santa Teresinha do Menino Jesus”. Na história da Igreja, essa foi a primeira canonização de um casal junto.
Teresinha um dia escreveu: “Bastava olhá-los para saber como rezam os santos”. Próximo de sua morte, Luís, enfermo, foi levado ao Carmelo de Lisieux para visitar as filhas: “ele não consegue falar, mas parece entender todas as palavras das filhas. E quando elas lhe dizem até logo, ele ergue o dedo indicador e consegue articular: ‘No Céu!’”. Olhemos para eles, modelo santo de casal e de família. O matrimônio é caminho de santidade plena para os cônjuges. Rezemos por nossa família. Cuidemos de nossa família. Amemos a nossa família. Que o santo casal Luís e Zélia, amigo de Deus e nosso, seja ajuda intercessora.
Seja bom o seu dia e abençoada a sua vida. Pax!!!