A fragilidade emocional e a “boa-fé” dos idosos são características certeiras que os tornam vulneráveis para que caiam nos mais diversos tipos de golpes. Conforme informado na sexta-feira pela Polícia Civil, a maior parte das ocorrências de estelionato em Presidente Prudente envolve esse público, o que merece atenção especial das famílias para que a orientação seja a única solução a fim evitar que os mais velhos caiam na lábia dos criminosos.
A ação dos bandidos é na persuasão. Com base em uma situação inverídica, acabam por levar as vítimas na conversa, que só percebem que caíram no golpe ao término do “serviço”. Nesse momento, todo o dinheiro solicitado pelos criminosos já foi transferido ou depositado, o que deixa a pessoa em uma situação que ela não sabe a quem recorrer. Isso porque, após o golpe, o sentimento de culpa vem à tona e impede que a vítima procure ajuda por receio de julgamentos. A partir daí, o apoio da família é de total importância.
Diante da situação, falar sobre os riscos é a forma mais correta de acender o alerta. Até mesmo mostrar exemplos de outras pessoas que já caíram na lábia dos estelionatários, para mostrar que ele não foi a única vítima. Talvez traga uma “conformidade”, mas, a informação é a única chave para impedir que os crimes sejam consumados. Na edição de ontem, a reportagem trouxe a conhecimento a cartilha “Golpe? Tô Fora!”, que se torna um auxílio para quem não sabe como agir diante do golpe.
Para evitar que a tristeza se torne ainda maior, é necessário saber utilizar corretamente as palavras, porque a vítima, principalmente a idosa, já está abalada com a situação e pode até mesmo desenvolver algum problema psicológico por conta do crime. Diferentemente dos jovens, os mais velhos, principalmente da terceira idade, não estão acostumados com a tecnologia, e toda explicação é de grande valia neste momento.
