A cidade de Presidente Prudente já contabiliza mais de 600 mortes em decorrência da Covid-19. Em toda a região administrativa, já se aproxima de 2 mil vidas perdidas (mais de 1,9 mil óbitos). Apesar de os registros serem muito abaixo do total de infectados e curados, é necessário lembrar que toda vez que alguém morre, é um ciclo que fica incompleto, e esses nomes devem ser lembrados não somente como “mais um número”, mas como pessoas que perderam suas vidas por conta de uma doença a qual já existe vacina - e que é preciso ter ao menos sorte para não ser infectado.
Quando a região registrou a primeira morte pela doença, no começo de abril do ano passado, era incerto afirmar quantos mais iriam ser contaminados pelo novo coronavírus. Isso porque os estudos ainda estavam em fase inicial, mas a única certeza era de que o vírus seria facilmente transmissível. Pois bem, já passou mais de um ano e parece que continuamos no mesmo cenário: números da doença que só aumentam na região, mortes todos os dias, leitos hospitalares praticamente todos ocupados (algumas unidades com fila de espera).
As histórias que ficaram para trás poderiam servir de exemplo para que a comunidade colocasse em prática aquilo que tanto vem sendo falado, que é a empatia. Mas, para muitos, cada vida que se perde é apenas um número estatístico para “tocar terror” na população. E, concomitantemente a isso, continuam vivendo o dia a dia como se tudo estivesse normal, como se a taxa de infecção estivesse baixa e também como se não existissem as etiquetas sanitárias a serem seguidas. Tais atitudes contribuem diretamente nas contaminações e mortes em decorrência do vírus.
E olha que orientações não faltam! Autoridades de saúde, governos e órgãos de imprensa têm trabalhado duro para colocar na cabeça do cidadão de que é necessário se resguardar em algumas situações para evitar contatos próximos com outras pessoas. Do mesmo modo, as forças de segurança têm demonstrado empenho no combate às festas clandestinas (os piores atentados contra a saúde humana neste momento). Ou seja, a consciência vai da comunidade, que precisa dar as mãos para enfrentar mais essa fase do vírus, que pode não estar tão longe do fim.