Universidade reúne pessoas de vários estilos, etnias e culturas

Encontrar uma freira nos corredores da universidade também não é muito comum.

VARIEDADES - DA REDAÇÃO

Data 24/06/2015
Horário 10:02
 

Roqueiro nas agrárias, sertanejo no Direito e freira em curso da saúde... Tem alguma coisa de estranho nisso? Pois é, ainda existe o pensamento de que o estilo de vida que cada um leva "combina" com determinadas profissões, mas isso não predomina no ambiente conhecido por sua multipluralidade. "Essa diversidade de gêneros, etnias, culturas, religiões, entre outras, que ratifica o nome: universidade!", diz o professor de Filosofia da Unoeste (Universidade do Oeste Paulista), Wagner Caetano, que chama a atenção para as rupturas paradigmáticas.

Ao invés de terno, Luan Gustavo da Silva, 22, não dispensa a camisa e complementa o visual com jeans, fivela e bota. Apreciador do estilo musical sertanejo raiz, ele escolheu a área jurídica como formação. "Sempre quis fazer o curso de Direito e estou adorando. Sobre usar uma roupa mais formal, se precisar eu coloco", diz o estudante, que está no 7º termo. Ele concilia os estudos com o trabalho e ainda com a dupla (Felippe & Luan), que este ano deve lançar o primeiro CD.

Matheus Montanari, 19, do 3º termo de Zootecnia, também tem um estilo bem diferente da maioria dos colegas de sala. Com alargador na orelha e roupas mais despojadas, ele diz não seguir um estilo pré-definido. "Música é atemporal e, sem dúvida, reflete muito em minha maneira de vida. Tenho preferência pelo gênero alternativo, rock, indie, folk, eletrônico e reggae", conta. No início, até imaginou que passaria por situações constrangedoras, por conta de suas preferências, "mas sempre fui decidido nas minhas escolhas, o que me deixou bastante confortável. Afinal, tudo é questão de costume e de se desprender dos rótulos".

Encontrar uma freira nos corredores da universidade também não é muito comum. Por isso, a irmã Mismare Pires de Jesus de Sales, 35, do 7º termo de Enfermagem, conta que no começo as pessoas tinham um pouco de receio de se aproximar dela. "Mas sou bastante extrovertida e logo perceberam que não tinha nada demais. Muito pelo contrário, fiz grandes amizades", relata.

Mismare faz estágio pela graduação no período da manhã e à tarde trabalha no HR (Hospital Regional) de Presidente Prudente com a parte espiritual. "Amo essa área, mas como religiosa preciso conciliar o meu projeto pessoal, o da congregação e, principalmente, o de Deus".
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