Volta às aulas: quando ela acontecer, decisão dos pais também deve ser respeitada

EDITORIAL -

Data 29/01/2021
Horário 04:15

A pandemia continua, por aqui e mundo afora. Apesar das boas notícias nos últimos dias, com relação à vacinação, a Covid-19 segue fazendo vítimas, destruindo famílias, interrompendo sonhos. A variante do novo coronavírus identificada em Manaus - com maior risco de transmissibilidade e reinfecção - já chegou a oito países. Mesmo com a imunização acontecendo, não tem como, ainda, esquecer a doença e deixar de se proteger.  
Enquanto isso, vamos seguindo, com todos os devidos cuidados sendo tomados. Unidades das redes estadual, municipal e particular da educação, por exemplo, já estão com os calendários definidos para receber seus alunos em 2021. As particulares, com ida opcional às famílias, já retomariam as aulas presenciais na próxima segunda. Na rede estadual, também de forma opcional aos alunos, a partir do dia 8 e, nas municipais, na segunda quinzena de março.
Uma decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo, porém, suspendeu ontem a autorização para a retomada das atividades presenciais nas escolas públicas e particulares, em regiões que estejam nas fases laranja e vermelha – no momento, todo o Estado. De acordo com a liminar, as escolas nestes lugares, onde a transmissão do vírus é intensa, não podem reabrir. Reforça que "educação também é direito fundamental", mas que neste caso "merece prevalecer o direito à vida".
Os pais já vinham dividindo opiniões sobre o assunto. Há aqueles que acham que o filho já perdeu muito conteúdo e, cumprindo todas as regras impostas, não há porque não mandá-lo à escola. Há também os que têm muito medo, seguem à risca a quarentena, e só deixarão os pequenos frequentarem as aulas presenciais após todos estarem vacinados. E há ainda os que nem aprovam o retorno, mas precisam mandá-los às escolas porque estão pagando babá (muitas vezes sem condições para isso) ou precisam voltar a trabalhar e não têm com quem deixar acriança...
São inúmeras as situações. Precisamos respeitar a opinião de cada pai, que sabe o que é melhor pro seu filho ou aquilo que é necessário ser feito, quando as aulas presenciais, de fato, forem retomadas. 
Às escolas, não basta diminuir a quantidade de alunos em sala. Será necessário respeitar as demais medidas de segurança, como distanciamento social, uso obrigatório de máscaras e álcool em gel. Todas precisam estar muito bem preparadas. 
Independente da volta acontecer agora ou depois, os alunos também devem estar bem conscientes. Ações corriqueiras, como emprestar um material, por exemplo, ou compartilhar um lanche, precisarão ser evitadas. As brincadeiras da hora do intervalo, o abraço tão esperado no amigo quando retorna das férias, muita coisa terá que ficar para depois... um depois que, com fé e todos colaborando para isso, pode estar logo ali!
 

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