PUBLICIDADE
Política
Fim do Dpvat atinge empresa de Bivar, desafeto de Bolsonaro
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O fim do seguro obrigatório a veículos no país, o Dpvat, anunciado nesta terça-feira (11) pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL), atinge diretamente os negócios de seu desafeto, o deputado Luciano Bivar.
Bivar é presidente nacional do PSL e entrou numa escalada de hostilidade com o Presidente da República pelo controle do partido.
Bivar é acionista e foi diretor presidente da Companhia Excelsior de Seguros, com sede em Recife e que tem 1% das ações da Seguradora Líder, que gerencia os recursos e administra o Dpvat. Segundo um balanço da seguradora de Bivar, em 2017, a empresa obteve de receita R$ 5,2 milhões oriundos do Dpvat (parte do recurso foi gasto com a própria administração do seguro dentro da empresa). Na Junta Comercial de Pernambuco, a Excelsior é registrada com um capital de R$ 35 milhões.
A seguradora, portanto, será diretamente atingida com o fim do seguro obrigatório anunciado na terça por uma Medida Provisória.
Em dez anos, o seguro Dpvat foi responsável pela indenização de mais de 4,5 milhões de acidentados no trânsito brasileiro (485 mil desses casos foram fatais). Além de indenizações por mortes, o seguro também cobre gastos hospitalares e sequelas permanentes.
Bolsonaro justificou o fim do seguro mediante os altos índices de fraudes e os elevados custos operacionais do seguro.
A gerenciadora do Dpvat , a Seguradora Líder, é formada por um consórcio de 73 empresas do ramo, entre elas a Mapfre, a Porto Seguro e as seguradoras dos bancos Caixa e Bradesco, por exemplo.
O fim do Dpvat foi feito por Medida Provisória, ou seja, tem força de lei a partir de sua edição. A nova regra deve ser votada pelo Congresso, que pode modificá-la, em até 120 dias. Caso contrário, caduca; nesse caso, isso significa que voltaria a existir o Dpvat .
Recentemente Bolsonaro tornou pública uma disputa interna de poder com Bivar pelo controle do partido.
A divergência dentro do PSL ficou evidente após Bolsonaro comentar com um de seus apoiadores que o presidente do partido estava "queimado pra caramba".
Na semana seguinte, a Polícia Federal deflagrou operação que teve o deputado federal como alvo e que buscava provas em um inquérito sobre candidaturas de laranjas no partido, em caso revelado pela Folha de S.Paulo em fevereiro.
PUBLICIDADE
MAIS NOTICIAS
Van percorre cidades paulistas para digitalizar processos judiciais
28/09/2021 09:36
Pernambuco passa a exigir comprovante de vacinação em igreja
28/09/2021 08:33
Eventos gastronômicos retomam formato presencial em 2021
28/09/2021 06:10
© Jornal O Imparcial, propriedade da Editora "Imprensa" Ltda. | Todos os direitos reservados.
- Início
-
Cotidiano
-
- Cotidiano
- Notícias
- Prudente
- Região
- Contexto Paulista
- Falecimentos
-
-
Esportes
-
Variedades
-
- Variedades
- Notícias
- Agenda Cultural
- Canal 1
- Roteiro
- Cinema
- Delícias & Delícias
-
-
Turismo
-
- Turismo
- Notícias
- Diário de Bordo
-
-
Opinião
-
Sociais
-
- Sociais
- Sinomar
- Miguel Toninato
- Em Fotos
-
-
Especiais
- Classificados
- Anuncie