A democracia tem falhas, mas desde o início da história, nunca se descobriu um sistema político melhor e que a substituísse. Já ocorreram sistemas Imperial e Monarquia em que o povo era submetido aos piores graus de degradação. A experiência do comunismo foi esperançosa e promissora, mas na prática, uma falácia. Nas ditaduras, ocorreram corrupções sem procedência e quem tentasse expressar contra seus princípios eram presos, torturados ou exilados ou mortos. Definitivamente, está claro que esse sistema não é o que o povo brasileiro quer, pelo contrário, a última eleição para presidente da República foi uma prova cabal disso. É necessário exigirmos a melhora da democracia como a diminuição de 80% do número de deputados, por exemplo, diminuir o número de senadores, a troca contínua deles, etc. Precisamos trabalhar duro, exigir o que é de direito, mas jamais o retrocesso.
O discurso de posse de Bolsonaro foi esperançoso, entretanto, quem poderia pensar na possibilidade de o Brasil enveredar por “aquele mesmo caminho” que desejou o PT com ideologia oposta. Pasme, leitor! Entre - os acima da lei, filhos do presidente da República - Carlos Bolsonaro passou a flertar com o golpismo para instalar a ditadura quando ouviu adeptos fiéis bolsonaristas de que o governo não está entregando o que prometeu na campanha. Pois é! Um golpe seria uma maravilha para a família Bolsonaro: oito anos para pai e mais de 24 anos aos seus filhos. Hipotético, é claro, mas é preciso alerta, afinal contra um regime de força, não há resistência. Bem, leitor, estamos praticamente no início de governo e há esperanças, afinal a única coisa permanente no mundo é a permanência da mudança. Apesar da inoperância e mau português do ministro da Educação, há outros ministros de cargos-chave neste governo que se mostram operantes e isso é bom.
De 1930 a 1980, tivemos algumas fases em que o Brasil cresceu, e atingiu até a 6ª economia do mundo, não é pouco. Nessas boas fases, poderia ter sido construído um mercado respeitável, aplicado em infraestrutura, transportes, saúde, educação, etc., mas não ocorreu. Por quê? Segundo os grandes economistas, os maiores responsáveis foram a corrupção e o modelo de crescimento concentrado no Estado que constitui trampolim para a obscena consolidação da casta política. Entre os países que conseguiram quebrar oligarquia similar ao Brasil, entre outros, cito a Coreia do Sul e o Japão. Este desarmou a corporação dos samurais, abriu rapidamente o país para o exterior e sabiamente desenvolveu um sistema educacional de excelência.
Pois é, se a única certeza de que se tem é a certeza da incerteza, já é esperançoso, pois mais de 95% do povo brasileiro é trabalhador e honesto e nosso país é o mais rico do planeta em potencial. Assim, se o Estado vier a cumprir a obrigação que lhe compete, que é cuidar da trilogia: saúde, educação e segurança, nosso país se salvará sem grande demora. Não é dever de Estado democrático cuidar de empresas, porque estas constituem fonte de roubo e degradação. Como disse Airton Golbert: “A grandeza de uma nação não depende da extensão do seu território, mas da consciência de cada cidadão de que o verdadeiramente poder é de cada cidadão”. Só a força do povo é capaz de conduzir a mudanças necessárias como nos mostra a história. Afinal, nada cai do céu.