O número de matrículas em cursos EAD (Educação a Distância) na região de Presidente Prudente apresentou um aumento de 2,27% entre 2016 e 2017 – dado mais recente -, indo na contramão do cenário encontrado nos cursos presenciais, que no mesmo período registraram queda de 2,56%. As informações fazem parte do Panorama do Ensino Superior 2019, que será apresentado hoje, em Marília, pela Semesp (Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior no Estado de São Paulo). Além de dados nacionais e estaduais das redes públicas e privadas, o balanço apresenta o panorama dividido em três regiões no oeste e nova alta paulista: Adamantina, Dracena e Presidente Prudente. “Esse aumento no EAD é uma realidade e revela a inserção de um novo público, esse com mais de 29 anos, e que viu uma oportunidade na qualificação. Não é correto dizer que o ensino presencial está migrando os seus alunos para a outra modalidade, mas a queda é algo comprovado”, informa o diretor executivo do Semesp, Rodrigo Capelato.
O levantamento mostra que em 2017 o EAD somou 6.557 matrículas nas três regiões do estudo que compreendem a 10ª RA (Região Administrativa) do Estado de São Paulo, uma diferença de 146 alunos. Um aumento de 2,27% no comparativo com 2016, quando foram 6.411. Já o ensino presencial, por sua vez, reduziu de 33.936 matrículas em 2016, para 33.066 no ano seguinte. Uma queda de 870 alunos, o que significa a variação negativa de 2,56%.
Faixa etária
Outro dado apresentado pelo estudo é o que trata da faixa etária dos estudantes em ambas as modalidades no Brasil. Segundo o Panorama do Ensino Superior 2019, a faixa que compreende até 24 anos representa 59,5% dos alunos dos cursos presenciais, os de 25 a 29 anos estão 19,2% na mesma modalidade e outros 20,3% na EAD. Aquele público que compreende na faixa a partir dos 29 anos, por sua vez, somam 56,6% no ensino a distância.
Para o diretor executivo do Semesp, o cenário regional apresentado não é algo exclusivo da 10ª RA, de forma que a queda no ensino presencial e o aumento no EAD se tornou uma realidade nacional já há alguns anos. “Na modalidade presencial, 70% dos alunos possuem até 24 anos, mostrando que a maior parte deles ainda é composta por jovens. Na modalidade à distância, por sua vez, digo seguramente que o público mais velho, com 30 ou mais anos, se não for maioria, já está quase lá, de forma que essa crescente no EAD revela a inserção de um novo grupo de estudantes e não necessariamente na migração de uma modalidade para a outra”.
Ainda segundo Rodrigo, o Brasil, segundo dados que foram analisados para o levantamento da pesquisa, possui 20 milhões de pessoas com idades entre 29 e 40 anos que possuem o ensino médio como qualificação, o que faz com que a possibilidade de uma graduação a distância represente uma nova oportunidade. “Essa queda no presencial teve início em meados de 2015 quando teve a crise na quantidade de ofertas no Fies [Financiamento Estudantil] e também na recessão econômica. Hoje, já vemos uma leve recuperação em relação àquele ano, mas nada muito significativo. O EAD ainda tem ganhado mais espaço e chamado a atenção pelos números favoráveis”.
Panorama do Ensino Superior 2019 |
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REGIÃO |
EAD |
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PRESENCIAL |
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2016 |
2017 |
2016 |
2017 |
Adamantina |
2.555 |
2.418 |
4.453 |
4.395 |
Dracena |
71 |
216 |
2.369 |
2.247 |
Presidente Prudente |
3.785 |
3.923 |
27.114 |
26.424 |
Total |
6.411 |
6.557 |
33.936 |
33.066 |
Fonte: Semesp |
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