Produtores rurais conhecem novas técnicas de manejo

Evento ocorreu ontem, em Prudente, quando foram apresentadas novidades em relação ao cultivo da batata-doce e do maracujá-azedo por meio de palestras e atividades práticas

PRUDENTE - GABRIEL BUOSI

Data 30/11/2019
Horário 09:16
Jean Ramalho - Participantes colocaram "a mão na massa" em atividades práticas
Jean Ramalho - Participantes colocaram "a mão na massa" em atividades práticas

O dia de ontem foi marcado pela troca de experiências na Cidade da Criança, em Presidente Prudente, em um evento que reuniu produtores rurais, técnicos, empresários agrícolas e estudantes para o chamado Dia de Campo. A ação, promovida pela Apta (Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios), objetivou apresentar técnicas de manejo e cultivo da batata-doce e do maracujá-azedo por meio de palestras durante a manhã e atividades práticas pela tarde. “Estão presentes cerca de 50 pessoas, não apenas da região, mas de outros Estados também, e queremos expandir o conhecimento para que todos possam aprimorar suas produções”, aponta a diretora do núcleo de informação da Apta, Ione Karassawa.

A pesquisadora científica de raízes e tubérculos, em especial da batata-doce, Amarílis Beraldo Rós, foi a responsável por transmitir informações importantes aos presentes sobre o produto em questão. Ela afirma que a necessidade do ato está em expandir a produção regional, com qualidade, que pode se tornar maior com atividades como a de ontem. “São Paulo é segundo maior produtor da batata-doce no país e a região de Presidente Prudente é a principal dentro do Estado, produzindo 32% do total”.

Amarílis comenta, no entanto, que a média de produção da região de Prudente é de 15 toneladas por hectare, sendo que a capacidade por hectare pode chegar a 40 toneladas. “Queremos divulgar informações básicas e da pesquisa que realizamos, para transferir a eles tecnologias novas e que podem aumentar a produtividade e renda dos produtores”. Para ela, para atingir a capacidade, seria necessário o investimento em irrigação e ramas sadias, já que, muitas vezes, isso não ocorre, visto que o tubérculo se dá bem com solos de baixa fertilidade.

Já o pesquisador Nobuyoshi Narita foi o responsável por ensinar a técnica de enxertia do maracujá-azedo. Ele esclarece que como o fruto tem muitos problemas com doenças de solo, a medida faz com que a produção seja otimizada. “A enxertia é quando juntamos a parte debaixo da planta de um maracujá selvagem com a parte de cima, do azedo. Com isso, ele fica mais resistente às doenças”. Sobre a capacidade regional, ele diz que já se teve um cultivo forte, mas que por diversos fatores houve migração e enfraquecimento local. “Mas trabalhamos para retomar essa atividade”.  

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