Vereadores denunciam “funcionamento precário”

Ofício encaminhado ao Cerest relata série de problemas em UPAs e PAs, que teria sido impulsionada pela redução no quadro de funcionários

PRUDENTE - THIAGO MORELLO

Data 16/05/2019
Horário 04:00
Maycon Morano/ AI da Câmara - Documento foi protocolado na manhã de ontem pelos vereadores autores do ofício
Maycon Morano/ AI da Câmara - Documento foi protocolado na manhã de ontem pelos vereadores autores do ofício

O Legislativo de Presidente Prudente protocolou, na manhã de ontem, um ofício junto ao Cerest (Centro de Referência de Saúde do Trabalhador) de Presidente Prudente, que aponta “funcionamento precário” nas duas UPAs (Unidade de Pronto-Atendimento) do município, isto é, Ana Jacinta e Zona Norte - no Guanabara, e os PAs (Pronto-Atendimento) do Jardim Santana e Cohab, Cohabão. O documento foi elaborado pelos vereadores Willian Leite (PPS) e Demerson Dias, o Demerson da Saúde (PSB), que também é presidente da Câmara Municipal e da Frente Parlamentar em Defesa da Saúde.

Conforme consta no documento ao qual a reportagem teve acesso, por meio de requerimento e visitas in loco feitas pelos autores do ofício, a situação dada como precária poderia ter relação com a redução no quadro de funcionários. “De forma extraoficial, este vereadores verificaram que nos últimos meses uma das UPAs diminuiu o seu quaro de funcionário na seguinte proporção: auxiliar de enfermeira de 21 para 14 funcionários, enfermeiros de 16 para 12 funcionários e porteiros de 12 para 8 funcionários, sem mencionar os outros cargos”, pontuam no ofício.

Os contratos para a gestão do serviço público nas unidades são formalizados entre a Prefeitura de Prudente e o Ciop (Consórcio Intermunicipal do Oeste Paulista), como também consta no documento.  No ofício, os autores pontuam também quem “vários servidores ou contratados pelo Ciop estão ainda solicitando atestados médicos diante da pressão sofrida diariamente no esforço incomum e desumano em ter que atender número expressivo de populares”.

Diante disso e dos relatos dos pacientes de que a situação impulsiona demora nos atendimentos, que chegam até quatro horas, segundo os autores, pede-se então que o órgão responsável fiscalize e averigue a possível sobrecarga de profissionais, “principalmente nesta época em que os casos de dengue se elevaram a patamares assustadores”.

Representantes

A reportagem entrou em contato com o Ciop, contudo, não obteve sucesso até o fechamento dessa edição. Por sua vez, a administração municipal, por meio de nota, disse que o Cerest é quem irá responder o referido documento, pois tem base para responder de forma técnica.

“Cabe ressaltar que não houve diminuição de funcionários nas UPAs, mas sim o remanejamento de funcionários para a UPA da Zona Norte, que apresenta atualmente um número de pacientes maior que a do Ana Jacinta. Convém ressaltar ainda que a Secretaria de Saúde abriu dois Ambulatórios de dengue para minimizar o volume de atendimentos nas UPAs e PAs”, finaliza a municipalidade.

Publicidade

Veja também