"A moça que veio de longe"

DignaIdade

COLUNA - DignaIdade

Data 25/05/2021
Horário 07:00

“A moça que veio de longe” foi a primeira telenovela diária de grande sucesso, escrita por Ivani Ribeiro para a TV Excelsior em 1964. Foi a primeira vez que a autora deixou o texto original argentino de lado e criou livremente, acrescentando personagens, modificando as histórias e criando soluções de acordo com a vontade do público, com as características de obra aberta que a novela tem até hoje. A trama girava em torno da empregada doméstica Maria Aparecida, que se apaixonava pelo patrão Raul com total desaprovação da família. A dupla Rosamaria Murtinho e Hélio Souto estreavam com este sucesso que os tornou a dupla mais famosa da TV daquele ano. Houve uma noite de autógrafos no Ginásio do Ibirapuera em São Paulo para comemorar o final da novela, e o último capítulo no Rio foi gravado ao vivo com plateia devido ao retumbante sucesso. Ivani e o diretor Dionísio Azevedo ganharam o Troféu Imprensa naquele ano. 

“Acidente vascular cerebral e coronavírus”

A pandemia de Covid-19 causada pelo novo coronavírus tem ceifado a vida de milhares de brasileiros ao longo do último ano, e as perspectivas ainda não são positivas. A doença provocada pelo coronavírus não é estritamente pulmonar, embora seja sua complicação imediata mais grave e letal, com possibilidade de evolução para insuficiência respiratória e necessidade de aporte ventilatório mecânico. Os achados extrapulmonares têm sido observados, tanto ao longo da fase aguda do processo, como no período de convalescência e sequelas pós-cura. As manifestações neurológicas podem ocorrer em até 36% e aumentam nas formas graves. Dentre tais manifestações, a relação com acidente vascular encefálico tem sido uma das mais frequentes e com graves repercussões, aumentando ainda mais a possibilidade de morte pela doença, bem como de sequelas graves definitivas. Estudos têm demonstrado que o vírus se dissemina para o sistema nervoso central através do sangue, por via linfática ou pelas próprias células nervosas. Os AVCs ocorrem entre 3,7% e 5% dos pacientes acometidos pela Covid-19, sendo uma das emergências médicas mais preocupantes, provocando alta mortalidade e inúmeras incapacidades e alterações na qualidade de vida dos indivíduos, particularmente idosos. A explicação para tal ocorrência seria uma exagerada hiperatividade inflamatória do organismo provocada pela presença do vírus, levando a alterações na coagulação. O aumento da coagulação poderia acelerar a ruptura de placas ateroscleróticas, além de induzir fatores de coagulação que determinariam trombose ou isquemia (interrupção do fluxo sanguíneo para áreas do cérebro). A monitorização da atividade inflamatória e da coagulação é etapa importante de acompanhamento dos pacientes graves internados nas unidades de terapia intensiva, determinando a instalação de medidas antitrombóticas medicamentosas nos protocolos de tratamento da Covid-19. Tais achados trombóticos do cérebro também podem ocorrer em outras regiões, afetando a circulação de órgãos vitais como o coração e rins. Que venha a vacinação em massa. 

Dica da Semana

Filmes – Plataformas Digitais

“Meu Pai”:
“The Father”. Direção: Florian Zeller. Filme que conferiu a Anthony Hopkins o Oscar de Melhor Ator este ano aos 83 anos de idade. Na trama, um homem idoso recusa qualquer ajuda da filha à medida que envelhece. Ela precisa mudar de cidade e encontrar alguém que possa cuidar dele, enquanto ele mesmo tenta entender suas mudanças e começa a duvidar dos seus entes queridos, de sua própria mente e da estrutura da realidade. Geriatria por excelência. 
 

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