"Alguém Morreu em Meu Lugar"

DignaIdade

COLUNA - DignaIdade

Data 04/11/2025
Horário 08:00

Bette Davis já havia interpretado gêmeas no cinema anteriormente em 1946, no filme “Uma Vida Roubada” (“A Stolen Life”), ao lado de Glenn Ford, uma boa outra má. Em 1964, foi convidada novamente para interpretar gêmeas no filme “Alguém Morreu em Meu Lugar” (“Dead Ringer”), dirigido pelo ator Paul Henreid (seu antigo galã no clássico “A Estranha Passageira”, de 1942). Na trama, ela interpreta novamente gêmeas idênticas: a viúva Margaret é dona de uma fortuna gigantesca que recebeu de herança do homem que há muitos anos roubou de Edith, a outra irmã. Edith, agora divorciada e sem dinheiro, resolve se vingar, matando Margaret e assumindo o seu lugar, para viver a sua vida. Além das dificuldades de se portar como a irmã, um antigo amante de Margaret reaparece e começa a desconfiar do seu comportamento. No elenco, a presença dos atores Karl Malden, Peter Lawford e Jean Hagen. 

Paternalismo médico
O paternalismo médico em geriatria refere-se a uma postura profissional que toma decisões pelo paciente idoso, justificando-se ser o que considera melhor para o seu bem-estar, muitas vezes, ignorando ou minimizando a autonomia e o poder de decisões do paciente. Obviamente, o profissional em saúde que lida com o idoso busca atender as diretrizes atuais sobre como conduzir as prevenções e tratamentos das diversas patologias para o idoso, com o objetivo de beneficência (fazer o bem), evitando maleficência (não causar o mal). O antigo papel do médico como autoridade máxima e infalível e o paciente passivo dizendo amém a todos os seus comandos mudou bastante ao longo dos últimos anos, principalmente pelo maior acesso à informação. Atitudes paternalistas são bastante comuns dentro da geriatria, onde há relações de respeito e afeto mútuo, pela maior proximidade e maior frequência de consultas, auxiliando e muito na aderência ao tratamento. Atitudes gentis e carinhosas que ocorram de forma natural sem criar um personagem do doutor legalzão, podem sim, influenciar positivamente nos resultados, desde que a medicina usada por este replicador também seja de qualidade e baseada em evidências. Principalmente nas fases iniciais da vida médica, é bem comum o médico confundir simpatia extremada com a empatia necessária, principalmente em momentos difíceis como o luto ou diagnósticos graves que evoluem invariavelmente para cuidados paliativos. A falta de uma comunicação eficaz pode resultar em diagnósticos incorretos, gerenciamento inadequado dos sintomas e omissão de informações importantes. Não conversar sobre as preferências dos pacientes podem levar a intervenções indesejadas e a experiências negativas sobre o atendimento. Paternalismo exagerado particularmente nos mais idosos pode levar a tratamentos desiguais e a reforçar estereótipos de “tudo é da idade”. A melhor receita é ainda a boa conversa. 

Dica da Semana

Novelas 

A reprise da novela “Rainha da Sucata”:
A nova reprise do “Vale a Pena Ver de Novo” é a novela “Rainha da Sucata”, escrita por Sílvio de Abreu e exibida originalmente em 1990 dando origem ao sucesso do gênero musical lambada. No elenco, vários atores falecidos podem ser vistos e revistos: Paulo Gracindo (Betinho Figueroa), Raul Cortez (Jonas), Aracy Balabanian (Dona Armênia), Cleide Yáconis (Isabelle), Nicette Bruno (Neiva), Flávio Migliaccio (Seu Moreiras) e Gianfrancesco Guarnieri (Irineu). 

 

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