"Babilônia"

Cinemateca

COLUNA - Cinemateca

Data 18/10/2023
Horário 08:09

CINEMA: 
O cinema mudo fazia bem mais barulho do que aparentava. Romantizando um pouco a Era de Ouro de Hollywood homenageando sua beleza, imprevisibilidade, progresso e suas figuras marcantes - inclusive, pelo contrário. O épico de Chazelle funciona como aquela boa e velha “carta de amor ao cinema” precisamente por seus tropeços. 

CELEBRAÇÃO: 
Eu particularmente gosto de filmes que celebram o cinema, assim como “Era Uma Vez em... Hollywood”, mas em um tom muito diferente. Neste caso, a história acompanha essencialmente Manny, um imigrante mexicano que é encantado pelo mundo dos filmes e, acaba se apaixonando por uma estrela em ascensão. Nellie LaRoy é uma sonhadora que acaba crescendo em Hollywood pela depravação e libertinagem. Mas durante a transição do cinema, encontrou dificuldades para continuar fazendo sucesso. 

FRENÉTICO: 
O longa frenético de Damien Chazelle mostra que o diretor continua obcecado com a obsessão de artistas, sempre com narrativas espirais sobre o preço do sucesso e da perfeição. A trama mostra a transição do cinema mudo para o cinema falado, que ocorreu entre os anos 20 e 30. Logo no primeiro ato, vemos uma festa que em muitos momentos me lembrou “O Lobo de Wall Street”. Chegando ao clímax ao som do trompete de Sidney que desencadeia uma longa sequência pelo salão; um solo de bateria está condicionado à coreografia da exuberante LaRoy; e a produção como um todo consegue dar um senso de humor ácido a muitas sequências.

CRÍTICA: 
A cinematografia de Linus Sandgren é cheia de vida e cor, enquanto a trilha sonora de Justin Hurwitz encontra o perfeito equilíbrio entre barulho e movimentação. Sinto que muitos artistas hoje retratam festas e depravação com um tom gratuito, mas Chazelle e seus colaboradores sabem como deixar tudo dançante. O clímax do trompete de Sidney desencadeia uma longa sequência pelo salão; um solo de bateria está condicionado à coreografia da exuberante LaRoy; e a produção como um todo consegue dar um senso de humor perverso a muitas sequências.” – Plano Crítico.

PRODUÇÃO: 
Com uma produção que recriou perfeitamente ao ambiente escandalizador da época e as dificuldades que a equipe de produção passava, para tentar criar em uma indústria milionária que estava apenas começando a se desenvolver. Vale a pena!

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