"Delegacia de Mulheres"

DignaIdade

COLUNA - DignaIdade

Data 23/04/2024
Horário 08:09

“Delegacia de Mulheres” era o título de um seriado global exibido em 1990 por 18 episódios, que retratava a rotina de uma delegacia voltada exclusivamente à mulher, com seus problemas e a luta para defender seus direitos. Lá trabalham a delegada Celeste (Eloísa Mafalda), as detetives Belinha (Mayara Magri), Marineide (Lúcia Veríssimo), Rosiclair (Cininha de Paula) e Ruth Baiana (Susana Vieira), a assistente social Paula Pinto (Stella Miranda), a escrivã Adelaide (Zilda Cardoso) e radialista Luli Saraiva (Cissa Guimarães). Cada uma delas simboliza um atributo feminino: sabedoria, beleza, força, eficiência, esforço, ilusão, intuição e senso de realidade. Apesar da seriedade dos assuntos tratados, relacionados com a violência contra a mulher, os episódios tinham um toque de leveza, humor e suspense. A série contou com participações especiais de peso com nomes como Marcos Paulo, Paulo Gracindo, Françoise Forton, Luis Gustavo, Mário Gomes, Eva Wilma, Paulo Goulart e Mário Lago dentre vários outros. 
    
“Hipocondria: perpetuação da melancolia”

A hipocondria é um sério problema de saúde que faz a pessoa acreditar que tem um conjunto de patologias, mesmo sem evidência médica, e muitas vezes, intensificar dramaticamente sintomas leves como se fossem severos ou de alta gravidade. O pensamento fica compulsivamente focado em preocupações sobre o próprio estado de saúde. Não se trata de simples fingimento ou forma racional de chamar atenção, embora indiretamente, isto possa ocorrer na sua gênese. O termo hipocondria vem do grego hypochóndrion – o hipocôndrio, denominação dada à parte do abdome que abriga intestinos, estômago e baço. De acordo com a teoria dos humores que remonta ao médico grego Hipócrates, a hipocondria estava associada à melancolia, considerada uma doença nervosa com origens no hipocôndrio. De qualquer forma, a hipocondria pode acometer crianças, adultos e idosos, e pode ocorrer na vigência de distúrbios emocionais, como ansiedade, depressão e transtorno obsessivo compulsivo, bem como originar-se após qualquer evento traumático na vida de uma pessoa. Situações de perdas relacionadas à velhice (como viuvez, aposentadoria, perda de status econômico e social e conflitos familiares) podem originar um conjunto de sinais e sintomas inespecíficos, não relacionados a uma patologia única possível. Geralmente as dores e sintomas não são aliviados pelos medicamentos usuais e há uma rotatividade de queixas relacionados a múltiplos órgãos e sistemas, como se o corpo desse dicas de que “nada está bom”. A hipocondria pode determinar o que se chama ganho secundário da doença, que nada mais é do que a percepção que as pessoas em volta (amigos e familiares) passam a dar mais atenção ou fornecer maiores cuidados. Desta forma, forma-se um ciclo vicioso, onde inconscientemente a manutenção da queixa seria necessária para a perpetuação do cuidado, o que na verdade, pode gerar o inverso: afugentar pelo discurso cansativo e incessante de queixas. Acompanhamento médico e psicológico são indispensáveis para tais condições. 

DICA DA SEMANA

Televisão

“Tributo”:
A série documental do Globoplay em homenagem ao legado de grandes artistas com direção de Matheus Malafaia estreou na última sexta-feira às 22h30, na Rede Globo, com o episódio sobre Lima Duarte. No ano passado havia sido exibido um episódio por ocasião da morte da atriz Léa Garcia, e estão programadas homenagens para as atrizes Zezé Motta e Laura Cardoso, e o novelista Manoel Carlos. 

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