ESG, a dengue em Prudente, e como as empresas podem ajudar

OPINIÃO - Fernando Batistuzo

Data 13/02/2024
Horário 05:00

Dentre os vários pontos, conceitos e elementos para se compreender – e sobretudo, vivenciar, pautar-se pelo tema - o ESG, há um extremamente fundamental, qual seja, o de um gestor (empresário) precisar saber, admitir e absorver que a sua organização (empresa ou outrasentidade), além de possuir naturalmente o objetivo de obter lucro, possui, também, um “papel” social muito forte no mundo atual, que é de poder contribuir beneficamente para o desenvolvimento da sociedade, especialmente da comunidade na qual está inserida.
Sabendo o gestor desta função, mas não a concretizando, a rigor não é nem possível dizer que a organização atue pautada sobre os “pilares” do ESG, ou, caso diga, corre-se o risco de incorrer na reputacionalmente prejudical prática do – atinente ao presente texto – “socialwashing”, isto é, um ESG “fake”, “de fachada”, “para inglês ver”.
Por outro lado, há aqueles cientes deste “papel” da empresa, mas que ainda perguntam: “Como é que a minha empresa pode ajudar a sociedade?”. A resposta é: “De várias maneiras!”.
Na aludida sigla, o “S” corresponde ao “pilar” “Social”, ou seja, ao impacto positivo que as organizações podem produzir na sociedade. E nesta linha, o leque de maneiras e momentos de ajudar é enorme, como agora em que estão diante de uma oportunidade ímpar para fazer o bem à comunidade: no combate à dengue.
Neste momento, alguém (incluindo os gestores/empresários) já poderia bradar: “Ora, mas não cabe só à administração pública combater a dengue na cidade?!”.
Sob uma perspectiva conservadora, tradicional e até mesmo financeira (“já pago meus impostos prá isso!”) a resposta seria “sim”, que caberia exclusivamente ao Estado e município, sozinhos, combaterem a dengue.
Sob uma perspectiva vanguardista, solidária e até mesmo realista (pois está claríssimo - “saltando aos olhos” – que o poder público, sozinho, “não dá conta”) a resposta seria “não”, que toda a sociedade, junto com o município, pode (deve!) combater o famigerado mosquito.
E é aqui que o poder das organizações – especialmente empresas - pode contribuir muito, porque ao contrário da administração pública (e aqui abrangendo o país todo!) são dotadas de gestão eficaz que lhes permite ágil manejamento de recursos humanos e materiais (não necessariamente dinheiro!) a serem oferecidos em auxílio ao poder público nas ações de combante à dengue a serem realizadas.
Neste sentido - e especialmente para aqueles empresários que ainda não estão cientes e que queiram aderir – aqui em Prudente foi iniciado um grande movimento de combate à dengue que está unindo o município (sua estrutura e seus dedicadíssimos servidores – é realmente incrível o trabalho que fazem e muitos não conhecem, e não dão valor), empresas e demais entidades para realizarem ações contra a dengue, movimento para o qual cada organização está contribuindo com o que pode, inclusive, e muito importante nos tempos atuais, com campanhas de conscientização dos seus colaboradores, parceiros e clientes, por meio de suas redes sociais.
Com estas ações, cada organização participante do movimento pode até assim não denominar, mas sem saber, e por ser solidária, está concretizando o “S” do ESG.
(A empresa e demais entidades que quiserem ajudar, podem entrar em contato com a Prefeitura de Prudente e com a OAB. Já há um mutirão programado para o dia 24/02)
 

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