Neste final de semana, milhares de eleitores irão exercer a livre democracia – o direito ao voto. A poucos dias das eleições municipais, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) lançou a última campanha para o pleito deste ano, a favor do voto consciente e contra a polarização no debate político. O slogan é “Fique do lado da democracia”. Com o comentarista político Caio Coppolla e a apresentadora e advogada Gabriela Prioli como protagonistas, os filmes defendem uma escolha dos candidatos com cuidado e o respeito a quem pensa diferente.
O respeito ao voto e à democracia é uma bandeira que deveria ser levantada por todo e qualquer cidadão, sem considerar lados ou ideologias políticas. No entanto, com o crescimento das redes sociais e o acesso rápido à informação é muito comum se deparar com os famosos entraves entre eleitores X e eleitores Y. É como se aquela velha pergunta do aplicativo azul – “No que você está pensando?” – obrigasse o internauta a expor ali um misto de “ataques”, até um pouco fantasiados de liberdade de expressão.
Neste período também ocorre a distinção de política do bem e política do mal, de “to com ele, to ela”, que faz com que famílias sejam separadas, que amigos deixem de se falar e, principalmente, quando deixam de lado a Constituição Federal vigente em nosso país que adota o regime democrático representativo, por meio do qual o povo elege seus representantes, dando-lhes poderes para que atuem em seu nome.
De acordo com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), para escolher um candidato, primeiramente o eleitor deve identificar quais valores julga mais importantes e quais valores quer ver seu representante defender. Isso é importante porque, geralmente, escolhemos um candidato por afinidade, ou seja, aquele que tem valores iguais aos nossos. Em teoria, não há nada de errado nessa escolha, aliás, é improvável, senão impossível, alguém votar em quem defende valores opostos aos seus. Contudo, o eleitor deve esforçar-se para escolher candidatos que tenham preocupações universais, ou seja, preocupações que dizem respeito ou são aplicáveis a todas as pessoas e não só a um pequeno grupo. Para saber o que o candidato pensa, o eleitor deve conhecer a carreira dele, assim como sua atuação profissional, seu histórico de vida, sua postura ética e sua conduta diante da sociedade. Em seguida, é preciso analisar suas propostas, pois, somente assim, será possível ficar do lado da democracia.