Guilhermo Del Toro fez de novo! O grande cineasta, que ama o estilo gótico, estreou sua nova obra-prima na Netflix! Depois do sucesso de “Pinóquio” que levou o Oscar, “Frankenstein” mostra que a sétima arte ainda vive.
Sua releitura do clássico vem sendo planejada por muitos anos e sua direção mostra que até os monstros podem ter alma e delicadeza. Cuidadoso e muito bem construído longa-metragem, que sabe respeitar o material fonte da mesma maneira que o diretor e roteirista fez em seu magnífico “Pinóquio e O Labirinto do Fauno”.
O longa se opõe às numerosas outras versões da história e também de sua estética habitual. Com cenários construídos, uso de efeitos práticos e nenhum tipo de IA (que Del Toro também é brilhantemente contra, e faz questão de deixar isso bem claro). Me encantei do início ao fim, com sua estética e figurino!
Começando a história pelo fim, na região polar ártica, em 1857, com um navio dinamarquês, que almeja chegar ao Polo Norte, completamente preso no gelo e cuja tripulação acha um Victor Frankenstein moribundo e perseguido por uma criatura monstruosa e impossível de matar, o roteiro faz disso seu artifício de enquadramento, contando o que aconteceu até esse ponto em uma sucessão de longos flashbacks em dois capítulos distintos, um a partir do ponto de vista do criador e outro a partir do ponto de vista da criatura.
Jacob Elordi como a criatura me surpreendeu positivamente, com suas nuances e trejeitos que nos conectam com a fera. Uma atuação excelente, de um ator que por vezes, não me convenceu, mas que neste drama, fez por merecer todo seu 'hype'! Oscar Isaac sempre muito bem entrega um Victor de uma profundidade e caos admiráveis. Por fim, Mia Goth, em um papel duplo, que por um lado, mostra uma mãe amargurada e de outro, um interesse romântico para os homens presentes! Tudo aqui vale a pena ser apreciado!
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