"Sabor de Mel"

DignaIdade

COLUNA - DignaIdade

Data 23/11/2021
Horário 06:40

Em 1983, a Rede Bandeirantes resolveu investir pesado para entrar no terreno competitivo das telenovelas e contratou o diretor Roberto Talma, da Rede Globo, para montar uma história com elenco de sucesso. O autor Jorge Andrade se encarregou do texto e o título escolhido foi “Sabor de Mel”. Grandes nomes da Globo vieram para São Paulo compor o elenco estrelado por Sandra Bréa, Raul Cortez, Eva Todor, Gianfrancesco Guarnieri, Françoise Forton e Flávio Galvão. Na trama, Laura (Sandra) é uma mulher milionária e misteriosa, viúva, que lança um enigma em um classificado de um grande jornal: “Não existia, mas aprisionou e torturou e corrompeu, levando à ignorância e ao medo. Suplício do qual o homem, cumprindo seu destino, libertou-se e transcendeu. Dragão maligno que os jovens de hoje, venceram com a espada da esperança”. Ao longo da novela, diversos personagens tentam decifrar o enigma, devido ao prêmio estipulado: 20 milhões de cruzeiros. Ainda no elenco: Célia Helena, Taumaturgo Ferreira, Karin Rodrigues, Carmem Silva e Mila Moreira. A história começou com bom Ibope (porque a Globo reprisava um compacto de “O Casarão”, devido ao término apressado de “Sol de Verão” após a morte do protagonista Jardel Filho), mas o sucesso não persistiu e se tornou uma trama esquecida.
    
“A terceira dose e as marcas de vacinas”

A terceira dose da vacinação contra o coronavírus é uma das metas atuais no combate à pandemia da Covid-19 em todo o mundo e o Brasil tende a seguir a cartilha. Há dois meses, a dose de reforço tem sido aplicada para profissionais de saúde e idosos considerados grupos de maior risco para a infecção. A aplicação dos esquemas vacinais ao longo de 2021 permitiu demonstrar a eficácia das vacinas com redução significativa da mortalidade dos casos graves ao longo dos últimos meses entre os vacinados. Com esta terceira dose, há uma intensificação pela procura das vacinas consideradas mais eficazes na proteção imunológica. A grife da vacina deixa de ser apenas um modismo, e passa a ter significância clínica com a recomendação de que a terceira dose dos profissionais de saúde seja preferencialmente das marcas Pfizer ou AstraZeneca. Não se trata de recomendar uma vacina pela qualidade do laboratório ou de sua origem, mas provavelmente pelo componente vacinal ou mecanismo de aquisição imunológica que as diferentes vacinas induzem. A vacina CoronaVac é uma vacina de vírus inativados, ou seja, contém vírus inteiros mortos e induzem a formação de anticorpos não apenas para a proteína S (que o vírus usa para entrar nas células humanas), mas para várias outras proteínas de superfície, podendo levar a respostas imunes menos específicas. A vacina da Pfizer é uma vacina de mecanismo de RNA mensageiro e a vacina AstraZeneca é do tipo replicante viral (contém apenas um pedaço do vírus que induz a formação de anticorpos contra a proteína Spike) que demonstraram provocar respostas imunes mais vigorosas e específicas. No entanto, todo e qualquer tipo de vacina contribuiu epidemiologicamente para o controle da pandemia e imunidade parcial da população. Os dados são muito recentes e ainda não completos, não nos permitindo a conclusões definitivas sobre os reais mecanismos de proteção populacional de cada vacina. Provavelmente em 2022 os esquemas vacinais brasileiros devam contemplar as marcas que se mostraram mais efetivas neste primeiro ano de pandemia. 

Dica da Semana

Música - CD

“Aldir Blanc Inédito”: 
Gravadora Biscoito Fino. Reunião de 12 músicas do compositor Aldir Blanc, morto por Covid há um ano, interpretadas por cantores como Maria Bethânia (“Palácio de Lágrimas”), João Bosco (“Agora eu Sou Diretoria”) e Alexandre Nero (“Virulência”). 

Caetano Veloso – “Meu Coco”: 
Gravadora Sony Music. Álbum autoral de Caetano Veloso com 12 canções entre inéditas e regravações. Destaque para as inéditas “Anjos Tronchos”, “Não Vou Deixar” e “Sem Sambar Não Dá”. 
 

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