Taxa de potencial de consumo da classe C em Prudente é de 41,4%

Estudo traz projeções de gastos de famílias prudentinas para este ano, que totalizam R$ 7.112.505.734; dados mostram preferências de consumidores

PRUDENTE - ROBERTO KAWASAKI

Data 06/07/2021
Horário 03:35
Foto: ABr

Neste mês, o iPC Maps divulgou estimativas do potencial de consumo de 2021 das famílias de Presidente Prudente. O estudo traz detalhes de gastos em 22 categorias de produtos, divididos entre as classes A, B, C, D e E. De acordo com o levantamento, a classe C tem o potencial de consumo mais expressivo (R$ 2.918.149.023), o que representa 41,4% da soma das demais classes entre consumo urbano e rural, que totaliza R$ 7.112.505.734.

Na sequência surge a “classe B”, com 36,9% (R$ 2.601.334.582); “classe A”, com 15% (R$ 1.053.003.461); D/E com 6,7% (R$ 470.274.187). O estudo é especializado há quase 30 anos no cálculo de índices de potencial de consumo nacional, com base em dados oficiais de 5.570 municípios do Brasil. Por meio dos dados, também é possível observar quais são as preferências dos consumidores na hora de gastar sua renda. No caso de Prudente, despesas com habitação saem na frente, com R$ 2.011.507.575 no total. (veja a tabela). 

Análise de economista

Douglas Fernandes, economista e professor na Toledo Prudente Centro Universitário, analisa que, de uma forma geral, o potencial de consumo por categoria e classe de renda em Prudente valida a expansão de atividades econômicas no município, ocorrida nos últimos anos. “As categorias de gastos: alimentação no domicílio, habitação, e veículo próprio, de todas as classes de renda [A, B, C/D] representam 47,50% do total do consumo potencial urbano e rural”, observa. 

Ainda conforme o professor universitário, uma análise “mais atenta” também revela concentração de renda. “As classes ‘A e B’ representam 28,30% do número total de domicílios urbanos. No entanto, o potencial de consumo delas representa 51,38% do consumo potencial total, o que demonstra concentração de renda, pois existe uma relação entre renda e potencial de consumo”, explica o economista. 


Cedida - Douglas Fernandes, economista e professor

Relevância no mercado

Ao consultar a tabela, o economista observa que as categorias alimentação no domicílio, habitação e transportes urbanos concentram 44,33% do seu potencial de consumo da classe “C”, de um total de 22 categorias. Da mesma forma, as classes de renda “D/E”, quando reunidas, possuem 51,72% do consumo concentrado em apenas duas categorias: alimentação no domicílio e habitação. “Por apresentarem renda mais baixa comprometem maior parte de seus gastos com alimentação e aluguel, ou financiamento habitacional”, afirma.
Para o professor, as projeções divulgadas possuem relevância no mercado. “O potencial de consumo por categoria [tipo de gasto], ainda que não seja garantia de consumo, pois se trata de potencial, é uma informação valiosa para que empresários possam definir seu público-alvo e assim direcionar estratégias de atuação”, considera. 


 

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