30% dos itens da Ceagesp têm baixa nos preços

59 produtos apresentaram queda em relação ao mesmo período de novembro; variedade de manga caiu de R$ 2,60 para R$ 0,64

PRUDENTE - ANDRÉ ESTEVES

Data 28/12/2016
Horário 08:15
 

Dos 192 produtos comercializados pela Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo) de Presidente Prudente, durante a terceira semana de dezembro, 85 mantiveram os preços estáveis, 59 apresentaram queda e 48 registraram aumento em comparação com a terceira semana de novembro, de acordo com balanço emitido pelo entreposto prudentino.

Jornal O Imparcial Mercado está bem abastecido, assegura gerente da Ceagesp

Os itens com maior queda foram a manga Haden, cuja embalagem de 25 quilos teve redução de 305,84%, ou seja, passou de R$ 2,60 para R$ 0,64; o limão Taiti, que foi de R$ 3,87 para R$ 1,23 por quilo, o que significa diminuição de 213,52%; e a manga de variedade Tommy Atkins, cuja embalagem de 25 quilos teve seu preço reduzido de R$ R$ 1,35 para R$ 0,88, equivalente a –212,41%. A nectarina nacional também se destacou com baixa de 149,30%.

Já as mercadorias com maior alta foram o nabo padrão, cujo quilo passou de R$ 2,50 para R$ 13,50, o que representa um aumento de 81,48%; a salsa padrão, cuja embalagem de 12 quilos teve seu preço elevado de R$ 1,38 para R$ 5, equivalente a 72,50%; e o tomate maduro, o qual teve um crescimento de 60,33%, isto é, foi de R$ 0,63 para R$ 1,59 por quilo. O tomate-caqui, por sua vez, caiu pela metade do preço, registrando um índice acumulado de 50,61%.

Conforme o gerente do entreposto de Prudente, Charles Henrique Domingos, a variação nos preços é resultado da lei de demanda e oferta. Isso significa que o preço se eleva ao passo que a procura aumenta. No entanto, o mercado hortifrutigranjeiro registrou uma demanda menor em relação aos anos anteriores, salienta o gerente. Tanto que, diferente dos outros períodos, quando a comercialização fechou em 60 mil toneladas, a previsão é que esse ano termine com 56 mil. Até a terceira semana de dezembro, o volume comercializado foi de 46 mil toneladas, sendo assim, a expectativa é que os últimos dias do ano elevem as vendas.

Charles expõe que a menor procura é justificada pela crise econômica brasileira e mudanças climáticas, que refletiram diretamente no bolso, produção agrícola e reajuste dos valores. A respeito da última semana do ano, ele destaca que os preços devem ter alta, visto que a procura vai aumentar. "A exemplo do Natal, na sexta-feira e sábado, o pavilhão estará intransitável", afirma. O gerente ainda aponta que os produtos mais buscados serão as frutas típicas, como uva, pêssego, manga e melancia, e pontua que o mercado está bem abastecido para receber os compradores.

 

Clientes

Na manhã de ontem, a reportagem esteve no pavilhão da Ceagesp para acompanhar o movimento inicial antes das festividades de ano-novo. Para o corretor de imóveis, José Dirceu Vanso, 62 anos, os preços estão bastante altos, portanto, a mesa da ceia do réveillon deve ser menos generosa neste ano. Já o comerciante José Luís de Araújo achou os valores razoáveis e acredita que este foi um ano ruim para o setor. A empresária Silvana Trevisan Bento, 46 anos, por sua vez, precisou gastar um pouco mais com as pimentas. "Como a oferta delas é menor, acabam saindo muito caras", avalia.

 
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