350 trabalhadores da usina Caeté aderem à greve

A usina Cocal, localizada em Narandiba, segundo Sobral, também deve participar da paralisação.

REGIÃO - Ynaiê Botelho

Data 09/07/2013
Horário 10:32
 

Domingo, às 23h, após não receberem proposta patronal, cerca de 350 trabalhadores dos setores industrial, administrativo e apoio agrícola da usina Caeté, sede de Paulicéia paralisaram os serviços. Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria Química, Farmacêutica e Fabricação de Álcool, Etanol, Bioetanol e Biocombustível de Presidente Prudente e região, (Sindetanol), Milton Sobral, o prazo dado para a apresentação de novas propostas era até a tarde de domingo. "No início da tarde a empresa disse que faria uma proposta, mas até então, não se manifestaram e por isso, os trabalhadores resolveram parar", comenta.

Jornal O Imparcial Funcionários da usina Caeté decidiram iniciar a paralisação na noite de domingo

A usina Cocal, localizada em Narandiba, segundo Sobral, também deve participar da paralisação. "A Cocal entrou em contato com o sindicato no sábado e até a tarde desta segunda-feira , devem elaborar uma ata para apresentar ao sindicato. Nosso foco ainda é a usina Caeté, mas caso a proposta oferecida à Cocal não seja descente, a paralisação chegará até lá também", afirma.

O setor de comunicação da usina Cocal divulgou, por meio de nota, que continua em negociação com o Sindicato dos Químicos de Presidente Prudente, e afirma que vai direcionar seus esforços para que o resultado seja satisfatório para todos os envolvidos. A reportagem tentou ouvir a usina Caeté através de telefones fixos da empresa e celular de representante, no entanto não obteve êxito.

 

Reivindicações


Conforme já publicado em O Imparcial, o sindicato afirma que o reajuste ofertado pelas destilarias está aquém do que pede a categoria que, além do reajuste inflacionário de 7,16%, quer um aumento real de 5%, entre outras reivindicações como melhoria nas condições de saúde e segurança e igualdade de oportunidades.  Mesmo com a paralisação, Sobral reforça que o sindicato está aberto a negociações e prosseguirá em tratativas "assim que for procurado".

Como lembra o presidente, não houve necessidade de paralisação em Lucélia, onde ocorreu concordância entre os trabalhadores e a usina Bioenergia do Brasil S/A, que encerraram as negociações com aumento de 8,5% na remuneração. Além da Cocal e Caeté, aproximadamente dez usinas ainda realizarão assembleia para decidir os rumos das tratativas frente à atual proposta patronal.
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