4 pessoas são presas por sequestro de adolescente em Prudente

Jovem de 18 anos foi retirada de sua residência, no Residencial Cremonezi, para receber “castigo” por desavença com integrante de organização

PRUDENTE - ROBERTO KAWASAKI

Data 09/10/2018
Horário 11:53

Quatro pessoas foram presas na noite de ontem, após a Polícia Militar constatar o sequestro de uma jovem de 18 anos, no Residencial Cremonezi, em Presidente Prudente. Conforme o boletim de ocorrência, os acusados estariam mantendo a vítima em cárcere privado a fim de submetê-la ao “tribunal do crime”, pelo fato de ela ter dito que fazia parte de uma associação criminosa que atua no Estado do Mato Grosso do Sul, para se livrar de uma discussão.

O atendimento à ocorrência teve início quando a equipe de Força Tática recebeu denúncia de que a vítima havia sido retirada de sua residência por pessoas ligadas a uma facção criminosa. Conforme a informação, os ocupantes estavam em um veículo Ford Ka, que saiu do Residencial Cremonezi em direção ao Parque Watal Ishibashi, com destino desconhecido, onde ocorreria um “julgamento” da aprisionada.

Diante da denúncia, a equipe efetuou patrulhamento nos bairros indicados e localizou um veículo com as mesmas características fornecidas, estacionado na Rua Valentin Bustos, no Parque Castelo Branco. De acordo com o policiamento, foi observado que no quintal da residência, havia um indivíduo falando ao telefone celular, enquanto outras quatro pessoas estavam reunidas na sala do imóvel.

Em abordagem e busca pessoal, nada de ilícito foi encontrado, no entanto, a Força Tática percebeu que havia informações desencontradas sobre o que estariam fazendo no local. Devido à suspeita, os aparelhos celulares dos abordados foram vistoriados.

Mensagem de ordem

No celular de uma das envolvidas, de 31 anos, foi constatada a veracidade da denúncia após encontrar mensagens de uma mulher denominada como Fênix, que ordenava o castigo à jovem. A vítima relatou que, durante uma festa em Nova Andradina (MS), desentendeu-se com uma desconhecida que disse fazer parte de uma facção criminosa que atua naquela região, que a ameaçou de morte.

Por orientação dos amigos, alegou pertencer à mesma organização criminosa, contudo, batizada no Estado de São Paulo e se identificando como “irmã de Fênix”. Ao retornar para Presidente Prudente, soube que “a mentira” chegou até Fênix, que ordenou sequestro e punição.

Todos foram conduzidos à Delegacia Participativa, os fatos foram apresentados ao delegado de plantão que elaborou um boletim de ocorrência por sequestro, cárcere privado e associação criminosa em desfavor dos acusados. Eles foram presos e permanecem à disposição da Justiça.

Publicidade

Veja também