É pouco mais da metade a quantidade de candidatos a prefeito que possuem ensino superior nas 53 cidades da região de Presidente Prudente. Entre os 144 concorrentes ao cargo de chefe do Executivo, 73 cursaram alguma faculdade. Número que corresponde a 50,6% do total. Os dados integram o Sistema de Divulgação de Candidaturas e Contas Eleitorais do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), disponível na ferramenta DivulgaCandContas 2016.
Proporcionalmente, as mulheres que concorrem por uma vaga no Executivo dos municípios estão mais preocupadas com os estudos. Das 16 candidatas inscritas, 11 delas são graduadas, que equivale a 68,7% do público feminino. Por outro lado, apenas 48,4% dos homens que disputam o pleito são formados em algum curso universitário. Isto é, 62, dos 128 pretendentes.
A segunda maior parcela dos candidatos está entre os que possuem o ensino médio completo. Este grupo soma 42 concorrentes e abrange 29,1% do total de aspirantes. Logo em seguida vêm aqueles que possuem a formação completa do ensino fundamental. Porção que engloba 12 candidatos, ou seja, 8,3%. A pesquisa também demonstra os postulantes com ensino incompleto. Neste quesito, sete não completaram o ensino fundamental; dois não terminaram o ensino médio; e oito não finalizaram a graduação.
Grau de instrução
A única possibilidade de inelegibilidade relacionada ao grau de instrução dos candidatos envolve a alfabetização. A Resolução 23.455, de 15 de dezembro de 2015, barra as candidaturas de pessoas analfabetas, em seu artigo 15, parágrafo primeiro, mas não estipula ou restringe o nível de escolaridade para se ocupar um cargo político.
Ainda assim, para o diretor comunicação da UEPP (União das Entidades de Presidente Prudente), Marco Antonio Goulart, apesar de não ser uma exigência, a formação superior pode dar uma melhor qualificação aos candidatos. "Acredito que a pessoa deva ter uma qualificação mínima necessária para exercer qualquer função pública, sobretudo a de prefeito. Ainda que a formação média ou fundamental não descredibilize os candidatos, o que temos atualmente na política é uma exigência muito maior de cada candidato e a graduação representa algo compatível com o cargo que eles estão querendo ocupar", comenta.
Reflexo
Já para o sociólogo e educador Luiz Sobreiro Cabreira, este percentual de candidatos com ensino superior reflete uma tendência de toda a sociedade, que na visão dele tem investido com mais afinco na graduação. "Esse dado nada mais é do que o reflexo da nossa realidade. O processo de pessoas inseridas no ensino superior vem crescendo. Claro que isso não dá à pessoa uma consciência política, mas fornece um acesso e garante a possibilidade de uma maior inserção à compreensão política", analisa.
Nível de escolaridade – Candidatos a prefeito
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Fundamental incompleto |
7
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Fundamental completo |
12
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Médio incompleto |
2
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Médio completo |
42
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Superior incompleto |
8
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Superior completo |
73
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TOTAL
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144
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Fonte: DivulgaCandContas 2016