583 estudantes com deficiência frequentam sala regular em Prudente

Na rede municipal são 252 alunos, e na estadual, 331; dados abrangem a educação infantil, ensinos fundamental e médio

PRUDENTE - VICTOR RODRIGUES

Data 23/08/2016
Horário 08:04
 

Presidente Prudente conta com 583 alunos com algum tipo de deficiência nas escolas públicas, tanto municipais como estaduais. Na rede municipal são 252 estudantes, e na rede estadual, 331. Esses dados se referem à educação infantil, ensinos fundamental e médio. Os tipos de deficiência variam entre intelectual, mental, múltipla, física, auditiva – parcial ou total – visual, também parcial ou total; déficit de atenção, déficit cognitivo, síndrome de Down, entre outros.

A deficiência intelectual é a mais comum nas salas de aula de ensino regular do Estado. Parte destes alunos, além das aulas convencionais, também tem reforço de conteúdo nas salas de recurso e itinerância, no contraturno escolar. A estrutura é adaptada para cadeirantes, que podem transitar sem dificuldades pelas dependências das instituições. A EE (Escola Estadual) Professora Maria Luiza Formozinho Ribeiro, popularmente conhecida como Fomozinho, é uma delas, que também oferece salas de apoio.

Jornal O Imparcial "Escolas têm todo aparato para receber os alunos", diz Naide

O assunto é tratado com seriedade, e os próprios pais têm se inteirado mais sobre o assunto e recorrido às escolas regulares sem receios, como tinham antigamente. "A inclusão é uma prática antiga, mas a cada ano temos mais conquistas. A Secretaria Estadual de Educação tem um departamento especifico para tratar estas questões", comenta a dirigente regional de ensino, Naide Videira Braga. De acordo com ela, dos 331 inclusos, 89 frequentam salas de recurso. "As escolas possuem todo aparato para receber os alunos com algum tipo de limitação. Os casos mais sérios são encaminhados para escolas especializadas, que trabalham, inclusive com outros métodos terapêuticos multiprofissionais", observa.

Uma das conquistas mais recentes, segundo a dirigente, são os professores mediadores que auxiliam o professor na sala de aula. Além disso, as escolas também possuem profissionais contratados para auxiliar na alimentação, levar ao banheiro e fazer a higiene daqueles cuja limitação motora não permite a realização destas tarefas. "Não são todas as unidades escolares que contam com estes serviços, mas temos unidades suficientes, distribuídas pelos bairros que atendem todas as regiões da cidade", relata Naide.

 

Escolas municipais


Já na rede municipal, de acordo com dados cedidos pela Seduc (Secretaria Municipal de Educação), do total de 252 estudantes com deficiência da rede, 84 são crianças que cursam a educação infantil, e 168 o ensino fundamental. "A educação é direito da criança com deficiência. Todas têm direito e podem estar na escola regular. Em relação às crianças com deficiências múltiplas e comprometimentos severos, o juiz despacha a ‘não’ matrícula no ensino regular obrigatório", expõe a pasta.

De acordo com a Seduc, as escolas do município não mantêm "classes especiais", mas salas de recursos multifuncionais para assessorar as limitações do aluno com alguma deficiência que cursa o ensino regular. "Esse sistema educacional é um grande avanço para a humanidade. Hoje, na formação da cidadania, os professores se tornaram mais tolerantes, amorosos, humildes, solidários, e aprenderam isso com as crianças com deficiência", expressa.

A Seduc aponta ainda que o sucesso alcançado pelas crianças. "Mas, para que isso ocorra é preciso respeitar as potencialidades de cada uma. E cada criança é diferente uma da outra, assim tem que se pensar em metodologias diversificadas que atendam a todos, sem distinção social, etnia, gênero, condição sensorial", defende.

 

 
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