Dizem os sábios, clérigos, ateus e jejunos religiosos que somente passamos pela vida uma vez. Essas pessoas não acreditam no retorno “post-mortem”. É praticamente impossível para o ser humano uma resposta conclusiva. Os espíritas ou espiritualistas pregam essa volta para término de missões incompletas. Não sei dizer. Todavia, sei parabolicamente que Jesus aqui esteve, passou, morreu e ressuscitou. Pregava Ele: “Eu sou a chuva. A chuva sou Eu. Jamais enviarei um produto em substituição, mas venho pessoalmente. Descerei sobre o mundo todo e toda a terra sorverá a minha presença. Isso será uma experiência terrível para os transgressores, mas, para o justo será um evento glorioso: minha presença. Este será para o justo como uma chuva refrescante, mas para o pecador, como uma descarga elétrica de um raio violento”.
A chuva, sabedores somos, se forma a partir de fontes invisíveis a olho nu. O vapor se eleva dos rios e lagos e forma as nuvens. Essa concentração de vapor aguarda para ser novamente espalhada pela terra. O mar é a chuva sob nova forma. Assim, segundo Jesus, somos o oceano da humanidade. A água salgada do mar se transforma ao se evaporar se livra de todas as impurezas e detritos à medida que o vapor se condensa e toma forma invisível de uma bela nuvem. A nuvem é um reservatório de vapor de água em vias de condensação. Quando isso ocorre, gotículas de chuva se formam e caem do céu. É a chuva. Água límpida, doce, pura totalmente.
Prega os ensinamentos divinos que, assim como a água suja passou por um processo de transformação, nós também seremos mudados quando ocorrer o passamento para a nominada vida eterna. E, em isso ocorrendo, seremos enviados em retorno para a prática do bem ao semelhante. Ouso perguntar: será? Se isso ocorre, ninguém até hoje, penso eu, não nos respondeu. Minhas elucubrações aqui estampadas tem somente um condão: o da reflexão. O que existe de certo é nossa ida do mundo terreno. Então, nessa passagem uma coisa é certa. Temos que praticar o bem, usando o poder da palavra para afastar os carmas negativos. Elogiar as qualidades das pessoas, louvar o belo, expressar sentimentos de exemplos, direcionando nossa mente para o bem.
É certo que, em sendo humanos e imperfeitos, por vezes temos uma visão distorcida do mundo e de nossos semelhantes. Lamentamos, reclamamos ao invés de agradecimentos. Exacerbamos nossas derrotas e não nos interessamos pelos problemas do próximo. O equilíbrio tem que estar sempre em nossa vida. Com essa reflexão, termino o artigo exortando uma prece muito conhecida.
Diz ela assim: “Pedi a Deus para ser forte e Ele me fez fraco para tornar-me mais humilde; pedi a Deus saúde e Ele me deu uma doença para compreendê-lo melhor. Pedi a Deus riqueza e Ele me deixou pobre para não ser egoísta. Pedi a Deus para gozar a vida e Ele me deu a vida para gozar de tudo. Senhor, não recebi nada do que eu pedi, mas deste-me tudo o que eu precisava. Louvado seja, meu Deus. Louvado sejas, pois entre todos os homens, ninguém tem mais do que eu, pois tenho Deus no coração.” A água suja da vida será transformada em pura. Então, vamos todos, com muita fé, lavar nossa água suja e transformarmo-nos em solidários, fraternos e sempre acreditando não no retorno, mas que estaremos um dia junto com o Senhor, nosso Deus. Amém.
